EUA enviam à China lista de afazeres para reduzir desequilíbrio comercial, diz Wall Street Journal

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Os Estados Unidos pediram à China em uma carta na semana passada que reduza a tarifa sobre os carros norte-americanos, compre mais semicondutores feitos nos EUA e dê às empresas norte-americanas maior acesso ao setor financeiro chinês, noticiou o Wall Street Journal nesta segunda-feira, citando fontes. A preocupação com uma possível guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo agitou os mercados financeiros uma vez que os investidores preveem desastrosas consequências se surgirem barreiras comerciais devido à tentativa do presidente dos EUA, Donald Trump, de reduzir o déficit comercial dos EUA com a China.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante do Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, listaram medidas que Washington quer que a China adote em uma carta a Liu He, recém-indicado vice-primeiro-ministro que supervisiona a economia da China, disse o Wall Street Journal, citando fontes com conhecimento do assunto.

O jornal informou que Mnuchin estava avaliando uma visita a Pequim para tentar negociações.

Temores de uma guerra comercial aumentaram neste mês depois que Trump adotou tarifas sobre as importações de aço e alumínio, e depois mirou especificamente a China na quinta-feira ao anunciar planos de tarifas de até 60 bilhões de dólares sobre bens chineses.

Na sexta-feira a China respondeu com um tiro de alerta ao declarar planos de cobrar impostos adicionais sobre até 3 bilhões de dólares de importações dos EUA. A lista de bens não faz menção a soja ou aeronaves, os dois maiores itens de importação dos EUA pela China.

A terceira maior categoria de importação dos EUA pela China —veículos motorizados —totalizou 10,6 bilhões de dólares em 2017, cerca de 8 por cento das importações totais do país junto aos EUA por valor, segundo dados da China, que tem atualmente uma tarifa de 25 por cento sobre os carros norte-americanos.

A China comprou 2,6 bilhões de dólares em semicondutores dos EUA no ano passado, ou 1 por cento das importações totais de semicondutores da China, segundo dados da alfândega chinesa.

De acordo com o Financial Times desta segunda-feira, a China ofereceu comprar mais semicondutores dos EUA redirecionando algumas compras da Coreia do Sul e de Taiwan, para ajudar a reduzir o superávit comercial da China com os EUA.

Citando fontes não identificadas, o jornal informou ainda que as autoridades chinesas estão correndo para finalizar novas regulações até maio que permitirão que grupos finaneiros internacionais assumam participações majoritárias em suas empresas do setor financeiro.

Fonte: Reuters

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