Perspectiva de guerra comercial traz risco para a economia dos EUA, diz Fed

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O Federal Reserve (Fed, banco central americano) expressou preocupação na última reunião de seu comitê monetário sobre os riscos que representaria uma guerra comercial para a economia norte-americana, segundo relatório publicado ontem (11). "Uma ampla maioria de participantes (...) considera a perspectiva de represálias comerciais por parte de outro país como um risco de baixa para a economia dos Estados Unidos", destacam as atas da reunião de política monetária do banco central, celebrada em 21 de março.

A temperatura entre as duas maiores economias do mundo subiu nos últimos dias, colocando China e Estados Unidos prestes a iniciar uma guerra comercial, que tem o potencial de abalar a atividade econômica global.

A tensão teve início quando os EUA impuseram tarifas de 25% sobre a importação de aço e 10% sobre o alumínio de diversos países. Depois disso, os EUA direcionaram suas ações contra a China. E desde então, os dois países estão queda de braço, com uma sequência de medidas de um contra o outro.

Veja abaixo a cronologia da tensão comercial entre EUA e China:

2001: China entra oficialmente na OMC.

2006: Henry Paulson assume a secretária do Tesouro dos EUA com a missão de reduzir o déficit comercial do país com a China.

2007: Departamento de Comércio ameaçam sobretaxas sobre a importação de papel da China.

2012: Durante a campanha presidencial, Obama e Romney discutiram as práticas comerciais da China.

2016: Na eleição, Trump chega a ameaçar elevar para 30% a tarifa sobre todos os produtos chineses.

Dezembro de 2016: Ao fim dos 15 anos para fazer mudanças propostas pela OMC, China não altera nada e continua a ser encarada apenas como economia "semi-aberta" por EUA e UE.

8 de março de 2018: EUA impõem sobretaxas ao aço e alumínio importado de vários países.

 

22 de março de 2018: EUA anunciam tarifas de US$ 50 bilhões sobre 1,3 mil produtos chineses, alegando violação de propriedade intelectual.

2 de abril de 2018: em resposta a taxação, China impõe tarifas de 25% sobre 128 produtos dos EUA, como soja, carros, aviões, carne e produtos químicos.

5 de abril de 2018: China recorre à OMC contra tarifas dos EUA para o aço e alumínio.

5 de abril de 2018: Trump propõe sobretaxar mais US$ 100 bilhões em produtos chineses.

 

Fonte: G1

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