UE exige isenção permanente de tarifas dos EUA sobre aço e alumínio

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O braço executivo da União Europeia exigiu nesta terça-feira uma isenção permanente das tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos, dizendo que a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de não adotá-las por ora prolonga a incerteza do mercado. Na segunda-feira a Casa Branca anunciou que Trump prorrogou uma suspensão temporária das tarifas para UE, Canadá e México até 1º de junho, poucas horas antes de elas entrarem em vigor. Ele também chegou a acordos para isenções permanentes para Argentina, Austrália e Brasil, segundo a Casa Branca.

Nesta terça-feira Trump tuitou a respeito do comércio: "... tudo será feito. Grande potencial para os EUA!"

A Comissão Europeia, que coordena a política comercial dos 28 países da UE, reconheceu a decisão de Trump, mas disse que o bloco deveria ser isento permanentemente das tarifas, já que não é a causa da capacidade excessiva na produção de aço e alumínio.

"A decisão dos EUA prolonga a incerteza do mercado, o que já está afetando as decisões empresariais", alegou a Comissão.

Trump invocou uma lei comercial de 1962 para criar proteções para os produtores norte-americanos de aço e alumínio, alegando razões de segurança nacional, em meio a uma fartura dos dois metais em todo o mundo que se atribui sobretudo ao excesso da produção na China.

A Alemanha, cujo superávit comercial rendeu críticas de Trump, disse esperar uma isenção permanente.

"Estou firmemente convencido de que, no interesse dos empregos na Alemanha, na Europa e nos EUA, precisamos de uma cláusula de longo prazo e que elevar tarifas é o caminho errado", disse o ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, pedindo mais conversas com Washington.

"Precisamos de menos, não mais tarifas no comércio global".

A França disse concordar que existe um excesso da produção nas indústrias de aço e alumínio, mas que a UE não tem culpa e devia ser isentada permanente das tarifas para que a questão da superprodução possa ser tratada em conversas.

"Estamos prontos para trabalhar com os EUA e outros parceiros para lidar com estas questões, e para desenvolver soluções rápidas e apropriadas", disseram os ministros das Finanças e Relações Exteriores franceses.

A federação empresarial francesa BusinessEurope qualificou a prorrogação da isenção como positiva, mas disse que as empresas precisam de previsibilidade.

Fonte: Reuters

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