Alguns membros do BC do Japão alertaram para debate prematuro sobre fim do estímulo, mostra ata
- Detalhes
- 07/05/18
O "enorme" desequilíbrio comercial da China com os Estados Unidos é um problema estrutural e de longo prazo e deve ser encarado com racionalidade, disse o presidente do banco central chinês à revista financeira Caixin. Yi Gang, nomeado em março para chefiar o Banco do Povo da China, também pediu esforços conjuntos dos EUA e de Pequim para resolver a disputa comercial, disse a Caixin em uma matéria publicada na noite de sexta-feira no horário local.
Os comentários foram feitos depois de uma inconclusiva reunião de dois dias entre autoridades chinesas e norte-americanas em Pequim, em meio a crescentes ameaças tarifárias entre as duas maiores economias do mundo. Washington exigiu que a China reduzisse seu superávit comercial com os EUA em pelo menos 200 bilhões de dólares até o final de 2020, segundo fontes.
A China registrou um superávit comercial recorde de 375 bilhões de dólares em 2017.
A abertura da China não será afetada pelos atuais atritos comerciais com os Estados Unidos, disse Yi.
O presidente do banco central chinês apenas analisou brevemente a questão comercial entre os EUA e a China em uma extensa entrevista com a Caixin em Washington no final de abril. Ele reiterou a posição atual da China em vários assuntos, incluindo política monetária, abertura de sua economia, o iuan e os esforços de desalavancagem do país.
Ele reiterou o compromisso da China com sua política monetária prudente e neutra e seu foco em estabilizar seu índice de alavancagem macroeconômica e reduzir os riscos financeiros. Na frente cambial, Yi disse que o banco central não intervém no mercado de câmbio há quase um ano, e que as autoridades estão comprometidas com a reforma da taxa de câmbio baseada no mercado.
Fonte: Reuters