Europa não está aproveitando crescimento econômico para conduzir reformas, diz FMI
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- 15/05/18
O crescimento econômico europeu é forte, principalmente graças à demanda doméstica, mas os governos não estão tirando proveito suficiente dessa situação para reduzir sua dívida e implementar reformas, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta terça-feira. O FMI prevê que o crescimento das economias europeias avançadas, principalmente a zona do euro, desacelerará para 2,3 por cento este ano de 2,4 por cento em 2017 e 2 por cento em 2019. A Comissão Europeia prevê o mesmo movimento.
"Em meio aos bons tempos, no entanto, os esforços de ajuste fiscal e reformas estruturais estão diminuindo", disse o FMI.
"Com as perspectivas econômicas continuando a melhorar no curto prazo mas as perspectivas de médio prazo menos brilhantes, as autoridades monetárias devem aproveitar o momento para reconstruir o espaço para manobra fiscal e avançar com reformas para impulsionar o potencial de crescimento."
Apesar do forte crescimento, algumas das maiores economias da zona do euro como França, Itália ou Espanha, têm sido lentas em reduzir ainda mais seus déficits orçamentários em direção a uma posição equilibrada, enquanto outras, como a Bélgica, estão aumentando o déficit.
"Em muitas economias, as autoridades monetárias deveriam se esforçar para reduzir os déficits fiscais ao longo dos próximos anos", disse o FMI.
"Dessa forma, os estabilizadores automáticos e o estímulo fiscal podem ser implantados novamente, caso os riscos se concretizem. Além disso, estabilizar e reduzir a dívida pública ajudaria as economias a lidarem melhor com as pressões dos crescentes gastos com aposentadorias e assistência médica", afirmou.
Fonte: Reuters