Theresa May defende "diálogo construtivo" com Trump após Cúpula do G7
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- 11/06/18
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, defendeu nesta segunda-feira a necessidade de um "diálogo construtivo" com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que neste fim de semana retirou o apoio ao comunicado final da Cúpula do G7, marcada pela imposição de tarifas ao aço e ao alumínio. "A perda de comércio prejudica a concorrência, reduz a produtividade, elimina os incentivos a inovação e deixa a todos mais pobres. Em resposta, a União Europeia deve impor contramedidas", disse a premiê, em discurso na Câmara dos Comuns.
"Mas, precisamos evitar uma escalada contínua neste 'toma lá, dá cá'. Por isso, foi bom que tenhamos tido uma troca franca e direta nesta cúpula. Que o Reino Unido, como um campeão do livre-comércio, continue permitindo um diálogo construtivo", completou.
May afirmou no discurso que os países "aliados há muito tempo" dos Estados Unidos não podem "fazer progressos ignorando as preocupações dos demais", mas, sim, encarando juntos estes temas.
A primeira-ministra garantiu ter sido "clara" com Trump, durante o encontro realizado no Canadá, e que disse que as tarifas impostas sobre as importações de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México, entre outros países, são "injustificadas".
May destacou que o Reino Unido "fará sua parte" em Bruxelas, para garantir que a UE tome as decisões corretas e proporcionais, alinhadas com as normas da Organização Mundial de Comércio, em resposta a decisão dos Estados Unidos.
"O importante é que somos capazes de nos sentar e falar sobre estes problemas juntos, compartilhar a informação que precisamos compartilhar e encontrar um caminho para a frente", destacou a premiê, que receberá Trump em julho desse ano.
"Devemos conseguir que o sistema de comércio internacional, baseado em normas, funcione melhor", complementou.
May ainda destacou, diante o Parlamento, que os Estados Unidos apoiaram Londres nas últimas semanas, na expulsão de diplomatas russos, após envenamento do ex-espião Sergei Skripal, que o governo britânico apontou ter sido responsabilidade do Kremlin.
Fonte: EFE