Pompeo minimiza tensões com G7 e diz que relação continuará "sólida"
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- 11/06/18
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, minimizou nesta segunda-feira as tensões que surgiram na cúpula do G7 entre o presidente americano, Donald Trump, e seus aliados Canadá e União Europeia (UE), e previu que essas relações continuarão sendo "sólidas". "Sempre há questões que geram atrito nas relações" com outros países, disse Pompeo em entrevista coletiva em Cingapura.
"Estou muito certo de que as relações entre nossos países, entre os EUA e esses países do G7, seguirão em frente de forma sólida. Não estou preocupado com a nossa capacidade de continuar fazendo o que temos que fazer", acrescentou.
Pompeo não quis responder se tem a mesma opinião de um assessor comercial de Trump, Peter Navarro, que disse no domingo que há "um lugar especial no inferno" para o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
O chefe da diplomacia americana aproveitou a ocasião para agradecer à UE pelo apoio à estratégia dos EUA em relação à Coreia do Norte e à decisão de Trump de se reunir nesta terça-feira em Cingapura com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
"Não estaríamos neste lugar, não teríamos esta oportunidade histórica sem o trabalho feito por nossos aliados europeus", ressaltou Pompeo.
Trump retirou há dois dias seu apoio ao comunicado da cúpula do G7 em resposta a declarações de Trudeau sobre as tarifas que Washington impôs ao aço e ao alumínio provenientes de Canadá e UE, entre outras nações.
França e a Alemanha criticaram esse gesto de Trump, que também chamou o primeiro-ministro canadense de "submisso", "desonesto" e "frágil" e ameaçou impor tarifas às exportações de automóveis do Canadá.
Já em Cingapura, Trump parece que ainda está com as tensões comerciais com seus aliados do G7 na cabeça, como demonstrou em uma série de cinco tweets publicados hoje sobre o assunto.
"Por que eu deveria, como presidente dos EUA, permitir que os países continuem conseguindo Superávits Comerciais Maciços, como fizeram durante décadas (...)? Não é justo com o POVO dos EUA!", escreveu Trump.
Fonte: EFE