Brasil sobe 5 posições em ranking mundial de inovação, após 2 anos estagnado
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- 10/07/18
Depois de dois anos estagnado, o Brasil subiu em 2018 cinco posições no ranking mundial de inovação elaborado pela Universidade de Cornell, pela escola de negócios Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). O país saltou do 69º para o 64º lugar, entre 126 economias listadas. É a melhor classificação em quatro anos.
Ainda assim, a maior potência econômica da América Latina e Caribe fica atrás dos vizinhos Chile (47ª posição), Costa Rica (54ª) e México (56ª) na lista.
De acordo com o estudo, a melhora do índice brasileiro se deu principalmente por gastos com pesquisa e desenvolvimento, importações e exportações de alta tecnologia e pela qualidade das publicações científicas nacionais, especialmente da Universide de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Por outro lado, o país decepciona na formação de cientistas e engenheiros, no crédito, investimento, produtividade e criação de novos negócios, de acordo com o estudo.
A Suíça lidera o ranking pelo oitavo ano consecutivo. O país se destaca nos indicadores de registro de patentes e também na indústria de média-alta tecnologia, além de ser um dos que mais investe em pesquisa em desenvolvimento e ter universidades de qualidade.
Um ponto que chama atenção na lista deste ano é a ascenção da China para o grupo das 20 melhores classificadas, na 17ª posição. No ano passado, ela estava no 22º lugar. Já os Estados Unidos caíram do quarto para o sexto degrau.
"A rápida ascensão da China reflete uma direção estratégica definida pela liderança principal para desenvolver a capacidade de nível mundial em inovação e para orientar a base estrutural da economia para setores mais intensivos em conhecimento que dependem da novação para manterem sua vantagem competitiva", diz em nota o Diretor-Geral da OMPI, Francis Gurry.
Veja os 20 primeiros do ranking:
- Suíça
- Países Baixos
- Suécia
- Reino Unido
- Singapura
- Estados Unidos
- Finlândia
- Dinamarca
- Alemanha
- Irlanda
- Israel
- República da Coreia
- Japão
- Hong Kong
- Luxemburgo
- França
- China
- Canadá
- Noruega
- Austrália
Destaques dos países mais bem-posicionados da América Latina e Caribe
Chile
- qualidade regulatória
- matrículas no ensino superior
- acesso a crédito
- empresas que oferecem treinamento
- abertura de novas empresas
- fluxos de entrada e saída de investimentos externos diretos
Costa Rica
- gastos com educação
- acesso ao crédito
- produção por trabalhador
- valor pago por uso de propriedade intelectual
- exportações de informações e serviços de tecnologia da comunicação e mídias
México
- facilidade de obtenção ao crédito
- fabricação técnica
- importações e exportações técnicas
- exportações de bens criativas
Brasil
- gastos com pesquisa e desenvolvimento
- importações e exportações líquidas de alta tecnologia
- qualidade das publicações científicas
O ranking
O Global Innovation Index GII classifica 126 economias com base em 80 indicadores, que vão desde as taxas registro de patentes até a criação de aplicativos para smartphones, gastos com educação e publicações científicas e técnicas. São levados em conta dados sobre as instituições de cada país, sobre capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação do mercado e das empresas, além do desenvolvimento de produtos tecnológicos e criativos.
O índice é calculado pela PricewaterhouseCoopers (PwC) e tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Fonte: G1