FMI reduz previsão de crescimento para a América Latina
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- 24/07/18
O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou ontem (23) a projeção de crescimento deste ano para a América Latina. A expectativa da entidade é que a região deve crescer 1,6%, abaixo dos 2% previstos em abril. A projeção para o ano que vem também está ligeiramente mais fraca. Em abril, a expectativa para o o Produto Interno Bruto (PIB) da região em 2019 era de crescimento de 2,8%, mas agora foi revisada para alta de 2,6%.
"Enquanto o crescimento está acelerando em alguns países, a recuperação se tornou mais difícil para algumas das maiores economias (da região), porque as pressões de mercado em nível global foram amplificadas pelas vulnerabilidades específicas de cada país", ponderou o fundo no relatório.
O Fundo ponderou, no entanto, que, apesar do crescimento mais fraco, a atividade econômica da região segue se recuperando e que o investimento está ganhando força. No ano passado, a América Latina cresceu 1,3%, depois de recuar 0,6% em 2016.
Com relação ao desempenho da economia brasileira, o FMI já havia reduzido a projeção de crescimento deste ano para 1,8% diante das condições globais financeiras mais apertadas e pelos efeitos da greve dos caminhoneiros. A previsão anterior era de alta de 2,3%.
O Fundo também alertou que a incerteza com o quadro eleitoral pode prejudicar ainda mais o cenário de crescimento econômico.
Para a Argentina, o FMI prevê crescimento de apenas 0,4% neste ano e uma gradual recuperação ao longo de 2019 e 2020. Em junho, o governo argentino e o Fundo fecharam um acordo de US$ 50 bilhões num quadro de forte desvalorização do peso e aumento da taxa de juros.
A Venezuela deverá ter o pior desempenho da região este ano. O FMI estima que o PIB do país deve recuar 18%. Se a projeção for confirmada, será o terceiro ano seguido que a queda da atividade econômica do país supera os dois dígitos.
A economia venezuelana sofre com uma forte queda da produção de petróleo e de vários desequilíbrios macroeconômicos.
No outro extremo, o melhor desempenho econômico será observado no Chile. O país deve crescer 3,8% neste ano com a melhora da confiança de empresários e consumidores.
Fonte: G1