Mercados chineses caem com temores de guerra comercial e limitações a propriedade

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Os mercados acionários da China caíram fortemente no pregão desta quarta-feira (1), com a antecipação de mais medidas para conter os preços dos imóveis prejudicando as ações dos desenvolvedores, e com uma possível intensificação da guerra comercial entre Pequim e Washington com ameaça de tarifas mais altas dos EUA. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 2,01%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,8%.

As quedas foram impulsionadas pela queda do setor imobiliário, com a antecipação de que o país introduzirá mais medidas para conter os altos preços dos imóveis no país depois de uma reunião do Politburo, um dos principais órgãos de decisão do Partido Comunista.

"Para o curto prazo, as expectativas de mais medidas para frear o mercado imobiliário do país terão definitivamente um impacto negativo no mercado acionário", disse Chen Xiaopeng, analista da Sealand Securities.

A reunião do Politburo também prometeu "reduzir resolutamente" os aumentos dos preços da habitação e acelerar o processo de estabelecimento de um mecanismo de longo prazo para o setor imobiliário.

Outras pressões sobre as ações vieram dos planos do governo Trump de propor uma tarifa de 25% sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses importados, depois de inicialmente fixá-los em 10%, numa tentativa de pressionar Pequim a fazer concessões comerciais.

Após a adoção de tarifas à importação de máquinas de lavar, painéis solares, aço e alumínio, 34 bilhões de dólares em produtos chineses, Washington anunciou em 10 de julho uma nova lista de bens que seriam tributados, em um valor total de US$ 200 bilhões.

De acordo com a agência Bloomberg, representantes do secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, iniciaram conversações para retomar as negociações.

Em 2017, o governo dos Estados Unidos registrou um déficit comercial de US$ 376 bilhões com a China, que a atual administração está decidida a reduzir.

Além disso, Washington acusa Pequim de roubo de propriedade intelectual quando empresas de tecnologia americanas se associam a empresas chinesas para fazer negócios.

O presidente republicano ameaçou recentemente adotar tarifas para todas as importações da China, que representaram mais de US$ 500 bilhões em 2017.

O medo de saídas de capital em meio à queda do iuan também aumentaram a pressão sobre as ações, disse Chen.

No restante da região, as ações asiáticas também cederam à pressão dos dados fracos e dos temores de uma escalada da guerra comercial.

  • O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, tinha queda de 0,01% às 7h47(horário de Brasília).
  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,86%, a 22.746 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,85%, a 28.340 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,81%, a 2.824 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 2,01%, a 3.446 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,51%, a 2.307 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,37%, a 11.098 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,27%, a 3.328 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,07%, a 6.275 pontos.

Fonte: G1

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