UE pede para Reino Unido rever propostas para o Brexit

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O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu ao Reino Unido, nesta quarta-feira (19), que reveja suas propostas sobre a Irlanda e a futura relação comercial com a União Europeia (UE) – dois temas sensíveis na negociação da separação. "As propostas do Reino Unido têm que ser revistas" em temas como "a questão irlandesa, ou no marco da cooperação econômica", afirmou Tusk em sua chegada a Salzburgo, na Áustria, para participar de um jantar informal com mandatários europeus.

O Reino Unido deixa o bloco no fim de março do ano que vem, mas a negociação do Brexit está estagnada nesses dois pontos. Ela deveria ser concluída até o fim de novembro para que os parlamentos europeu e britânico possam ratificar o acordo a tempo.

Para o presidente do Conselho, instituição que reúne os 28 mandatários europeus, "as negociações do Brexit entraram na fase decisiva" e, embora "hoje talvez haja mais esperança" de um acordo, há "cada vez menos tempo".

Os presidentes esperavam chegar a um acordo final sobre o divórcio e o futuro relacionamento em sua reunião de 18 de outubro em Bruxelas. Agora, porém, consideram convocar uma cúpula extraordinária em "meados de novembro", segundo Tusk.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, deve pedir a seus 27 parceiros durante o jantar na cidade de Mozart que sejam mais flexíveis sobre a complexa questão da fronteira entre a província britânica da Irlanda do Norte e a Irlanda.

"Com boa vontade e determinação dos dois lados, podemos evitar uma saída desordenada e chegar a um acordo que beneficie ambos", disse uma fonte do gabinete da primeira-ministra.

Londres e Bruxelas tentam evitar a reintrodução de uma fronteira clássica entre os dois territórios para proteger o acordo de paz de 1998, mas ainda não encontraram uma solução válida para ambos.

Embora a UE e o Reino Unido tenham concordado em dezembro passado em criar um "backstop", ou "rede de segurança", Londres contesta essa proposta agora.

Bruxelas defende a manutenção da Irlanda do Norte na união aduaneira e no mercado único europeu, na ausência de uma solução melhor. Mas Londres teme que isso comprometa a integridade territorial de seu país.

Em relação à proposta britânica sobre o futuro relacionamento, reunida no plano de Chequers, May defende a manutenção de uma área de livre-comércio de mercadorias dos dois lados do Canal da Mancha, algo que entra em conflito com o princípio do mercado único europeu – não há circulação liberada de bens, sem a de pessoas, capitais e serviços.

Fonte: Reuters

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