Premiê da China vê 'pressão crescente' sobre a economia em meio a riscos comerciais
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- 17/10/18
A economia da China enfrenta uma pressão crescente e o governo vai tomar medidas para evitar grandes flutuações no crescimento planejado, disse o Premiê Li Keqiang durante uma viagem para a Europa. "Com o ambiente internacional complicado e volátil, as pressões sobre a economia da China aumentaram, mas estamos determinados, e somos capazes, de lidar com os riscos e desafios", disse Li em discurso em visita à Holanda ontem (16).
A China está envolvida em uma guerra comercial com os Estados Unidos, com Washington ameaçando intensificar o confronto depois de impor tarifas sobre 250 bilhões de dólares em produtos chineses.
Algumas cidades e regiões chinesas voltadas para a exportação, como a província de Guangdong, no sul do país, já sentiram a pressão da disputa, apressando-se para reduzir o impacto com uma série de medidas e incentivos para ajudar os exportadores com dificuldades.
Li não detalhou quais medidas o governo deve tomar para estabilizar o crescimento e evitar flutuações.
Ele disse que espera que o crescimento econômico da China fique "dentro de uma faixa razoável" no terceiro trimestre, e demonstrou confiança em alcançar as metas de crescimento este ano.
Uma pesquisa com 68 economistas mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) provavelmente cresceu 6,6% entre julho e setembro em relação ao mesmo período do ano anterior, desacelerando em relação ao crescimento de 6,7% do trimestre anterior e no ritmo mais fraco desde o primeiro trimestre de 2009.
A China tem como objetivo um crescimento de 6,5% em 2018.
"A economia da China continua estável, com o consumo se tornando um fator determinante para o crescimento", disse Li.
Li se encontrou com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, ontem em Haia, e assinou vários acordos, incluindo um de 1,6 bilhão de euros com a Lithium Werks BV para construir uma nova fábrica de baterias na China.
Ele reiterou em seu discurso a determinação da China em proteger melhor os direitos de propriedade intelectual e facilitar ainda mais o acesso ao mercado para empresas estrangeiras.
Fonte: G1