Após tombo, barril de petróleo Brent opera perto de US$ 51
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- 27/12/18
Os contratos futuros do petróleo operavam em alta nesta quarta-feira (26), com o Brent perto de 51 dólares o barril, depois de ter atingido o nível mais baixo desde junho de 2017, em meio a uma visão de que a queda das cotações impulsionada por preocupações com a economia global possa ter sido exagerada, uma vez que há um esforço da Opep para conter a oferta. O petróleo Brent subia 0,53 dólar, ou 1,05%, a US$ 51 por barril, às 9h14 (horário de Brasília).O petróleo dos Estados Unidos avançava 0,6 dólar, ou 1,41%, a US$ 43,13 por barril.
O Brent chegou a tocar mais cedo US$ 49,93, o menor nível desde julho de 2017, após uma queda de 6,2% na última sessão.
O petróleo tem sido atingido por uma fraqueza mais ampla no mercado financeiro, à medida que a paralisação do governo dos Estados Unidos, a alta taxa de juros norte-americana e a disputa comercial entre os EUA e a China intensificaram as tensões dos investidores e exacerbaram as preocupações com o crescimento global.
"Eu acho que há um pouco de extrapolação para o lado negativo ligada aos receios quanto ao mercado global", disse Olivier Jakob, analista da Petromatrix. "Isso é tudo relacionado ao preço das ações."
"A Opep mostrou que deseja preços mais altos e está trabalhando para atingir esse objetivo", acrescentou ele.
O nível de negociações era baixo devido aos feriados de Natal. Os mercados acionários asiáticos recuaram novamente nesta quarta-feira, enquanto os mercados no Reino Unido, Alemanha e França permaneceram fechados.
Embora as preocupações econômicas pesem, a perspectiva não é tão fraca quanto em 2016, quando houve também um excesso de oferta, uma vez que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo está tentando estimular o mercado, disse Jakob.
Preocupados com a possibilidade de que um novo excesso de oferta possa surgir, a Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, decidiram no início deste mês retomar a política de cortar a produção em 2019, voltando atrás em uma decisão tomada em junho de 2018 de produzir mais petróleo.
Fonte: Reuters