China sinaliza mais estímulo conforme desaceleração econômica se intensifica

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A China sinalizou ontem (15) mais medidas de estímulo no curto prazo uma vez que a guerra tarifária com os Estados Unidos pesou sobre seu setor comercial e levantou o risco de uma desaceleração econômica mais acentuada. A segunda maior economia do mundo buscará alcançar "um bom início" de primeiro trimestre, afirmou em comunicado a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, indicando que o governo está pronto para conter a crescente pressão sobre o crescimento.

O primeiro-ministro Li Keqiang disse que a China alcançou suas principais metas econômicas de 2018, que foram "duramente conquistadas" e busca um forte começo para a economia no primeiro trimestre para estabelecer condições úteis para atingir os objetivos deste ano, segundo a televisão estatal.

Os índices acionários chineses fecharam em alta, um dia depois que a segunda maior economia do mundo divulgou dados comerciais do mês de dezembro mais fracos do que o esperado. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 2%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,4%.

Todos os setores registraram alta, liderados pelas empresas de consumo, com o índice de consumo subindo 4,4 por cento.

Inesperadas contrações na atividade comercial e industrial da China em dezembro provocaram especulações sobre se Pequim precisa adotar mais medidas de estímulo contundentes, embora a maioria dos analistas acredite que o governo deve evitar isso devido a preocupações de que pode aumentar os riscos da dívida e enfraquecer o iuan.

Alguns analistas acreditam que a China pode adotar 2 trilhões de iuanes (US$ 296,21 bilhões em cortes de impostos e taxas, e permitir que governos locais emitam outros 2 trilhões de iuanes em títulos especiais usados para financiar projetos. A maioria, entretanto, espera que leve meses para que os novos estímulos comecem a fazer efeito na economia.

O crescimento da China desacelerou em 2018 uma vez que anos de campanha para reduzir a dívida e medidas de repressão a práticas arriscadas de empréstimo afetaram a demanda doméstica. Conforme a guerra comercial com os EUA se intensificou no ano passado e atingiu as exportações, os mercados financeiros globais passaram a se preocupar com uma desaceleração mais acentuada da China, embora muitos analistas acreditem que um pouso forçado é improvável.

Entenda a guerra comercial e seus possíveis impactos

O primeiro-ministro, Li Keqiang, disse que a China alcançou suas metas econômicas de 2018 e busca um forte início no primeiro trimestre para a economia para estabelecer condições de atingir as metas deste ano, de acordo com a televisão estatal na segunda-feira.

Fontes disseram à Reuters na semana passada que Pequim planeja reduzir sua meta de crescimento a 6% a 6,5% este ano, após expectativa de 6,6% em 2018, ritmo mais lento em 28 anos.

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