Descobertas provas de água em partículas minerais na Lua

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A Nasa, agência espacial norte-americana, anunciou ontem (27) que foram encontradas provas da existência de água em partículas minerais da superfície da Lua e que esta provém de fontes desconhecidas situadas nas profundezas do satélite da Terra.

Os investigadores usaram dados recolhidos pelo Instrumento de Mineralogia (M3) da Nasa, colocado a bordo da sonda Chandrayaan 1, da Organização de Investigação Espacial da Índia, e detectaram água magmática, isto é, que tem origem nas profundezas lunares. Foi a primeira vez que essa forma de água foi detectada através de uma sonda que orbita a Lua. Descobertas anteriores mostraram a existência de água magmática em amostras lunares recolhidas pelos astronautas do programa Apolo.

O instrumento M3 captou imagens da cratera Bullialdus, causada por uma explosão próxima da linha equatorial da Lua. A Nasa explicou que essa área interessa aos cientistas porque poderão quantificar melhor o volume de água existente dentro das rochas devido à localização da cratera e ao tipo de rochas que contém. A parte central da cratera é composta por um tipo de rochas que se forma profundamente dentro da crosta e do manto lunares. Em 2009, o M3 forneceu seu primeiro mapa mineralógico da superfície lunar e descobriu moléculas de água nas regiões polares da Lua.

Acreditou-se, então, que essa água seria uma capa fina formada pelo impacto do vento solar sobre a superfície lunar. Mas a cratera Bullialdus está numa região pouco propícia para que o vento solar produza quantidades significativas de água na superfície.

"As missões da Nasa, como o Prospector Nuclear e o Satélite de Observação e Sensores de Crateras Lunares, e instrumentos como o M3 recolheram dados importantes que alteraram fundamentalmente nossa ideia da existência de água na superfície da Lua", disse Pete Worden, diretor do Centro Ames de Investigação da Nasa, em Moffett Field, Califórnia.

A detecção de água do interior da Lua a partir de uma observação orbital significa que os cientistas podem provar algumas das conclusões de estudos sobre amostras num contexto mais amplo, incluindo regiões distantes das analisadas nas missões Apolo.

Fonte: Agência Brasil

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