"Seu país tem um grande potencial econômico", afirma Trump a Kim em primeiro dia de cúpula

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ofereceu um aperto de mão público ao líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, nesta quarta-feira, quando abriram a cúpula nuclear na cidade de Hanói, no Vietnã. Referindo-se ao governante autoritário do país asiático como "meu amigo", o chefe de Estado norte-americano afirmou que muito progresso foi feito nas negociações. "Algumas pessoas gostariam que fosse mais rápido. Estou satisfeito, você está satisfeito", considerou, antes de um encontro privado, um a um, seguido de um jantar social com um pequeno grupo de assessores no hotel cinco estrelas Metropolis. "Queremos estar felizes com o que estamos fazendo", completou.

O presidente republicano, que enfrenta uma complicada situação interna com a oposição democrata à construção do muro na fronteiro do México, manteve a perspectiva de grande prosperidade para a Coreia do Norte se Kim concordar em desarmar seu país nuclearmente. "Eu acho que seu país tem um grande potencial econômico, inacreditável, ilimitado. Eu acho que você terá um tremendo futuro com seu país, é um grande líder. E estou ansioso para ver isso acontecer e ajudar a acontecer", disse ele.

Trump disse acreditar que o primeiro encontro entre os representantes dos adversários históricos em Cingapura, em junho do ano passado, foi um sucesso e acrescentou que suas reuniões na capital vietnamita "serão iguais ou maiores que a primeira". "É uma honra estar com o presidente Kim. É uma honra estarmos juntos em um país, o Vietnã, onde eles lançaram o tapete vermelho e estão muito honrados em nos receber", disse o presidente dos EUA aos repórteres enquanto os dois homens se sentavam lado a lado.

O ditador norte-coreano retornou o elogio, dizendo que "acredita verdadeiramente que esta cúpula bem sucedida se deve à corajosa decisão de Trump de se encontrar com ele: "Desde a última vez que nos reunimos,alguns entendem mal a situação e há algumas hostilidades do passado, mas nós superamos isso", considerou. "Acho que foi um período que me levou mais agonia, esforço e paciência do que nunca. Estou confiante de que um grande resultado será produzido desta vez para ser bem recebido por todos, e farei o meu melhor para atingir esse objetivo", ponderou.

No jantar, o secretário de Estado Mike Pompeo e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, juntaram-se a Trump e Kim, juntamente com dois assessores norte-coreanos, Kim Yong Chol e Ri Yong Ho, e dois intérpretes. Assessores da Casa Branca disseram que o presidente está determinado a vender a Kim uma visão de modernização e apresentá-lo com uma escolha entre o isolamento global contínuo ou o crescimento econômico em expansão se ele desistir do programa de armas nucleares.

Quando Trump e Kim se encontraram para uma cúpula inicial em Cingapura, só conseguiram chegar a um acordo vago que produziu pouco progresso. Especialistas dizem que quatro itens estão na agenda de Trump desta vez: uma declaração de paz; a devolução de restos mortais de mais soldados dos EUA desaparecidos desde a Guerra da Coreia; o estabelecimento de escritórios de ligação entre os dois países; e o fim da produção de materiais físseis na instalação nuclear de Yongbyon, na Coréia do Norte. O regime de Kim quer alívio nas sanções econômicas e uma declaração para encerrar formalmente a Guerra das Coreias.

Fonte: Correio do Povo

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