Ampliação do comércio bilateral é um dos destaques da visita do presidente Bolsonaro ao Chile
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- 21/03/19
O presidente Jair Bolsonaro chega hoje (21) ao Chile onde pretende abrir caminho para impulsionar as relações comerciais brasileiras com o país andino, além de tratar da questão dos investimentos entre os dois países. A pauta de assuntos é bastante diversificada e inclui, também, mudanças na legislação previdenciária brasileira inspirada no modelo chileno.
A proposta previdenciária do Chile foi apresentada por José Piñera, irmão do presidente chileno Sebastián Piñera. José foi ministro do Trabalho e Previdência Social e implementou o sistema no começo dos anos de 1980.
No encontro com Piñera, Bolsonaro tenciona defender a retirada do papel do acordo de livre comércio assinado entre os dois países no final de 2018.
Autoridades brasileiras que já classificam a relação Brasil-Chile como "ágil e dinâmica" e esperam que o encontro de alto nível entre os dois presidentes eleitos em 2018 acelere a ratificação do acordo, ainda dependente do aval de parlamento dos dois países.
Fluxos
O Chile é segundo parceiro comercial do Brasil na América do Sul, superado apenas pela Argentina. Este ano, de janeiro a fevereiro, as exportações brasileiras para o Chile totalizaram US$ 796 milhões (queda de 17,21% em relação ao mesmo período de 2018) e as importações somaram US$ 518 milhões (alta de 1,53%). Nos dois primeiros meses do ano o Brasil acumula um superávit de US$ 278 milhões no comércio bilateral com o Chile.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o Chile foi o destino final de 2,28% das exportações totais realizadas pelo Brasil nos meses de janeiro e fevereiro, o que fez do país andino o sétimo no ranking das exportações nacionais. Por outro lado, o Chile respondeu por 1,78% das importações realizadas pelo Brasil no período, ocupando o décimo-primeiro lugar no ranking das importações realizadas pelo Brasil.
Quanto aos investimentos recíprocos, o Brasil é o maior receptor de investimentos chilenos, acumulando mais de US$ 35 bilhões em estoque. Os investimentos brasileiros no Chile chegaram a US$ 4,5 bilhões. Somando estoques, o total de US$ 40 bilhões supera inclusive o da relação com os argentinos.
Fonte: Agência Brasil