China se compromete a acabar com limites de propriedade do setor financeiro em 2020
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- 02/07/19
A China vai acabar com os limites de propriedade para investidores estrangeiros em seu setor financeiro em 2020, um ano antes do previsto, para mostrar ao mundo que continuará abrindo seus mercados, disse o premiê Li Keqiang nesta terça-feira. O país também vai abrir ainda mais seu setor manufatureiro, incluindo a indústria automobilística, enquanto reduz sua lista de investimentos negativos que restringe o investimento estrangeiro em algumas áreas, disse Li ao Fórum Econômico Mundial na cidade portuária de Dalian, no nordeste da China.
O sinal chinês de que o país está acelerando o ritmo de abertura veio depois que os presidentes da China e dos Estados Unidos concordaram no fim de semana em retomar as negociações comerciais em outra tentativa de fechar um acordo e encerrar uma acirrada guerra tarifária entre os dois países.
Mas analistas duvidam que a trégua leve a um alívio sustentado das tensões e alertam que a incerteza remanescente pode reduzir os gastos corporativos e o crescimento global.
"Vamos alcançar a meta de abolir os limites de propriedade em negócios ligados a valores mobiliários, transações futuras, seguro de vida para investidores estrangeiros até 2020, um ano antes do cronograma original de 2021", disse Li.
Os Estados Unidos e outros países do Ocidente há muito se queixam de que Pequim está bloqueando o acesso estrangeiro a seus mercados financeiros em rápido crescimento e não permitindo condições igualitárias quando as empresas multinacionais são permitidas.
Mas nos últimos meses, a China permitiu que muitas financeiras estrangeiras instalassem novos negócios no país ou expandissem sua presença por meio de participações majoritárias em joint ventures domésticas em fundos mútuos, seguros e negócios de corretagem.
Li também disse que o governo reduzirá as restrições no próximo ano sobre o acesso a mercados para investidores estrangeiros nos serviços de telecomunicações de valor agregado e nos setores de transporte.
Fonte: Reuters