Documento final da Cúpula do G20 tem 99% de acordo, diz autoridade russa

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A chefe da delegação da Rússia na 8ª Cúpula do G20 (que engloba as 20 maiores economias mundiais) em São Petersburgo (Rússia), Kseniya Yudáyeva, disse que 99% dos acordos finais, que vão ser assinados pelos líderes políticos, já obtiveram consenso. Segundo ela, faltam três aspectos referentes aos compromissos que devem ser assumidos pelos países. A cúpula ocorre hoje (5) e amanhã (6), com a participação da presidenta Dilma Rousseff.

Em discussão, estão a recuperação e o crescimento econômico com geração de emprego e renda. Mas também há expectativas sobre debates a respeito da ação militar na Síria, liderada pelos Estados Unidos com apoio da França e do Reino Unido, e resistência da China, do Irã e da Rússia. O Brasil defende a busca de uma solução negociada para o impasse. O presidente do Conselho Europeu. Herman van Rompuy, reagiu com cautela sobre a disposição da França em participar da intervenção militar. "Entre os países europeus apenas a França está pronta a cooperar nesta fase. Mas o mais importante é como que reagimos coletivamente a eventuais decisões tomadas por outros países, e é isso que temos preparado nos últimos dias. Vamos coordenar nossas posições nas próximas horas", disse.

Do encontro dos líderes internacionais, cujos países representam cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, deverá sair o Plano Integral de Ação de São Petersburgo, que vai incluir medidas coordenadas para a criação de emprego e para o impulso do crescimento econômico global, e um ambicioso plano de ação contra a evasão fiscal das multinacionais elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Também deverá ser incluído um item, defendido pelos países emergentes, sobre a possível redução dos estímulos monetários nos Estados Unidos por meio da flexibilização quantitativa (quantitative easing). A redução é uma medida de política monetária que é usada por alguns bancos centrais, como é o caso da Fed norte-americano, para injetar dinheiro na economia e assim estimular o crescimento.

As economias emergentes, principalmente o grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) temem que o fim desses estímulos provoque uma acentuada fuga de capitais especulativos dos seus países, que poderia ser agravada pelo encarecimento do preço do dólar.

Fonte: Agência Brasil

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