Brasil dá US$ 18 bi a fundo cambial do Brics

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Em meio a uma crise cambial de consequências econômi­cas ainda imprevisíveis, líde­res políticos de Brasil, Rús­sia, índia, China e África do Sul, países do BRICS, fecharam um acordo ontem, em São Petersburgo, para a criação de um fundo de US$ 100 bilhões para financiar programas de socorro financeiro em mo­mentos de turbulência.

O mecanismo servirá como "alternativa emergente" ao Fun­do Monetário Internacional (FMI) e contará com US$ 18 bilhões em dinheiro brasileiro.

O princípio de funcionamen­to do fundo já havia sido decidi­do na reunião de cúpula do BRICS de Durban, na África do Sul, em março. Ontem, os che­fes de Estado e de governo se reuniram momentos antes do início da cúpula do G-20, para confirmar a intenção. Embora ainda haja detalhes em negociações, a criação do mecanismo foi sacramentada e deverá ser anunciada na próxi­ma reunião dos grandes emer­gentes, em 2014. O objetivo é que todas as regras sejam defini­das para que o fundo esteja em funcionamento em 2015.

Pelo acerto encaminhado on­tem, a China será o maior doa­dor, com US$ 41 bilhões. A se­guir, em pé de igualdade, esta­rão Brasil, Rússia e Índia, cada um com US$ 18 bilhões. O mon­tante será completado por US$ 5 bilhões da África do Sul.
A reunião contou com as pre­senças de Dilma Rousseff, do presidente russo - e anfitrião - Vladimir Putin, do presidente da China, Xi Jinping, do presi­dente da África do Sul, Jacob Zuma, e do primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh.

Logo após o encontro, já na abertura oficial do G-20, Putin destacou a criação do fundo, "em estágio final de realização", como uma das conquistas da cúpula dos 20 países mais ricos do mundo.

O anúncio oficial só não foi feito porque representantes dos cinco países ainda debatem as modalidades dos empréstimos. "Há temas sistemáticos, complicados, e as negociações são difíceis", explicou Sergei Storchak, ministro-adjunto de Finanças da Rússia. "Vai levar meses, talvez um ano."

Ontem, a presidente Dilma Rousseff chegou a se en­contrar com jornalistas brasilei­ros, mas não quis fazer nenhu­ma declaração a respeito do te­ma. Da mesma forma o minis­tro da Fazenda, Guido Mantega, manteve-se em silêncio. Am­bos devem falar na manhã de hoje, antes do retorno da delega­ção, marcado para o início da tarde.

Os recursos adicionais com os quais os países emergentes poderão contar em caso de crise econômica foram anunciados em um cenário de instabilidade crescente para Ín­dia, Brasil, Rússia e Turquia, paí­ses cujas moedas vêm sofrendo fortes desvalorizações ante o dólar em 2013 - entre 10%, caso do rublo russo, e 25%, caso da rupia indiana, desde janeiro.

Até por essa razão, a saúde financeira do BRICS é o tema cen­tral da agenda econômica do G-20, interrompendo sequência de seis cúpulas desde 2009, em Londres, nas quais o assun­to principal era a turbulência nos países desenvolvidos.

Fonte: O Estado de São Paulo

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