Importação chinesa de soja pode diminuir após recordes

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As compras chinesas de soja no exterior avançaram para mais de 7 milhões de toneladas em julho, subindo para uma máxima recorde pelo segundo mês consecutivo, com carregamentos brasileiros chegando em grande volume ao país asiático, o maior importador global da oleaginosa.

Os desembarques de soja devem permanecer relativamente fortes no resto do ano, com os fabricantes de ração aumentando a produção, mas as compras chinesas podem recuar brevemente entre agosto e setembro, em meio a um excesso de grãos importados e vendas das reservas estatais.

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, referência global, registravam alta de mais de 1% nesta quinta-feira, 5, apoiados pelo recorde de compras da China, estoques apertados nos EUA e coberturas de vendidos. A China importou 7,2 milhões de toneladas de soja em julho, 22,7% a mais do que as 5,87 milhões de toneladas há um ano, mostraram dados da Administração Geral da Alfândega nesta quinta-feira.

"Nossas importações em março e abril foram muito pequenas, o que levou às altas em junho e às importações de julho", disse Guan Xiangfeng, analista da Shanghai Cifco Futures, lembrando dos atrasos para embarque no início do escoamento da safra do Brasil no começo do ano.

Durante os primeiros sete meses do ano, as importações haviam totalizado 34,69 milhões de toneladas, quase em linha com as 34,92 milhões de toneladas embarcadas há um ano, de acordo com dados da alfândega.

As chegadas devem diminuir entre agosto e setembro, disseram operadores, com as fábricas de ração tendo que lidar com as importações recorde.

"Há excesso de oferta no mercado interno com a chegada das remessas atrasadas", disse um operador em Cingapura, referindo-se às cargas brasileiras que haviam sido apanhadas em um congestionamento portuário no início do ano. "Eu acho que as importações em agosto e setembro serão menores", opinou o operador.

O centro nacional de informação de grãos e oleaginosas (CNGOIC, na sigla em inglês) estimou importações em agosto de 6,04 milhões de toneladas, inferior às de julho, mas representando uma alta de 36,6% no ano.

O volume das compras pode ser tão pequeno quanto 5 milhões de toneladas por mês em agosto e setembro, disseram operadores.

O ritmo das importações também pode desacelerar à medida que o governo chinês realizar vendas de suas reservas nas próximas semanas, disse Brett Cooper, funcionário sênior da INTL FCStone Australia.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria

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