Avianca entra com pedido de recuperação judicial por perda durante pandemia

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A Avianca Holdings, segunda maior companhia aérea da América Latina, enfrenta graves problemas de caixa por causa da pandemia do novo coronavírus, que resultou na queda de 90% do tráfego aéreo. A empresa entrou com pedido de recuperação judicial ontem (10/5), depois de ter ajuda financeira negada pelo governo colombiano, em tentativas de sobreviver à crise.

Sem condições de pagar dívidas, a Avianca pode ser a primeira grande companhia aérea do mundo a afundar em razão da pandemia, caso não consiga sair da recuperação judicial. O objetivo do pedido é manter as operações e os empregos, enquanto não consegue operar voos, explica a empresa, em nota, na qual afirma que continua tentando negociar ajuda financeira com governos.

A suspensão de voos regulares de passageiros na segunda quinzena de março, devido ao avanço do vírus, pressionou "significativamente" o caixa da companhia, diz o comunicado. "Esse processo é um passo necessário para resolver nossos desafios financeiros", alega o presidente-executivo da Avianca, Anko van der Werff, que definiu a crise como a "mais desafiadora em seus 100 anos de história".

Van der Werff explicou que, diante do "imprevisível impacto da pandemia", o pedido de recuperação judicial é imprescindível para preservar empregos na Colômbia e em outros mercados onde atua. A Avianca é diretamente responsável por mais de 21 mil empregos na América Latina, mais de 14 mil deles na Colômbia.

Desde março, a companhia relata dificuldade para pagar os salários dos empregados, resultado da queda de 80% nas receitas. A redução do tráfego aéreo em 90% no período deve impactar as receitas do setor, no mundo todo, em US$ 314 bilhões, de acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (International Air Transport Association).

Empresas pedem recuperação judicial para evitar falir, quando constatam que não têm mais condições de quitar as dívidas. A justificativa foi apresentada pela Avianca à Corte de Recuperação Judicial dos Estados Unidos no distrito sul de Nova York. No documento, a companhia estima passivos entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões. O juiz pode não aprovar o pedido e decretar a falência da empresa.

Fonte: CB

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