Disputa por chefia da OMC tem três mulheres entre cinco finalistas
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- 18/09/20
Três mulheres, duas delas da África, avançaram para a segunda rodada da seleção da nova diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) quando o páreo foi reduzido de oito para cinco nomes, informou a entidade sediada em Genebra nesta sexta-feira. A OMC busca uma pessoa para substituir o brasileiro Roberto Azevêdo, que renunciou um ano antes do esperado, no final de agosto.
O organismo comercial de 25 anos de existência nunca teve uma mulher ou alguém da África como líder.
Os cinco candidatos da próxima rodada são a ministra queniana Amina Mohamed, a ex-ministra das Finanças nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, a ministra do Comércio sul-coreana, Yoo Myung-hee, o saudita Mohammad Al-Tuwaijri e o ex-ministro britânico Liam Fox.
Os nomes da próxima rodada confirmam uma reportagem de quinta-feira da Reuters, segundo a qual o mexicano Jesús Seade, o egípcio Hamid Mamdouh e o moldavo Tudor Ulianovschi foram eliminados.
O sucessor de Azevêdo enfrentará um desafio considerável devido às tensões globais crescentes e o protecionismo surgido durante os isolamentos causados pela Covid-19, principalmente entre a China e o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além da pressão para impulsionar reformas.
A segunda rodada, na qual os 164 membros da OMC manifestarão suas preferências de 24 de setembro a 6 de outubro, reduzirá os candidatos a dois. A entidade disse que espera escolher o vencedor até o início de novembro.
Especialistas em comércio e ex-autoridades da OMC dizem que a eleição presidencial norte-americana de 3 de novembro pode prolongar o processo, mesmo que isso contrarie o prazo indicado pela organização.
Mas a própria OMC disse que o processo correu bem até agora e que todos os membros participaram.
Fonte: Reuters