UE, Canadá, EUA e Japão, e outros países que anunciaram sanções econômicas contra a Rússia

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Medidas restritivas, que agora se aplicam a um total de 680 pessoas físicas e 53 entidades, incluem o congelamento de ativos e a proibição de disponibilizar recursos para as pessoas físicas e jurídicas listadas. O Conselho Europeu informou ter acrescentado 26 pessoas e uma entidade à lista de pessoas, entidades e organismos sujeitos a medidas restritivas relacionadas a "ações que comprometam ou ameacem a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia".

Segundo comunicado divulgado na segunda-feira (28), a nova lista inclui oligarcas e empresários ativos nos setores petrolífero, bancário e financeiro, bem como membros do governo, personalidades militares de alto nível e propagandistas que contribuíram para difundir a propaganda anti-ucraniana e promover uma atitude positiva em relação à invasão da Ucrânia.

"Com essas sanções adicionais, visamos todos os que têm um papel econômico significativo no apoio ao regime de (Vladimir) Putin e se beneficiam financeiramente do sistema. Essas sanções irão expor a riqueza da elite de Putin. Aqueles que permitirem a invasão da Ucrânia pagarão um preço por sua ação", enfatiza o texto.

As medidas restritivas, que agora se aplicam a um total de 680 pessoas físicas e 53 entidades, incluem o congelamento de ativos e a proibição de disponibilizar recursos para as pessoas físicas e jurídicas listadas. Além disso, as pessoas da lista estão impedidas de entrar ou transitar pelo território da União Europeia.

O comunicado do Conselho Europeu ainda destaca que a decisão desta segunda-feira complementa o pacote de medidas anunciado pelo alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, no domingo.

O pacote também inclui o fornecimento de equipamento e suprimentos às Forças Armadas da Ucrânia através do Mecanismo Europeu de Paz, a proibição do sobrevoo do espaço aéreo da União Europeia e do acesso aos aeroportos da região por transportadoras russas de todos os tipos e a proibição de transações com o Banco Central da Rússia.

UE considera corte de energia pela Rússia; Renault interrompe produção

Comissária para Energia da União Europeia (UE), Kadri Simson afirmou durante coletiva de imprensa que o bloco não pode excluir a possibilidade de que a Rússia responda às sanções da UE com medidas próprias que cortem o fornecimento de gás ao restante da Europa. Um corte total no suprimento seria preocupante, mas não deve provocar escassez no curto prazo, afirmou.

"O bloco conseguirá atravessar o inverno de forma segura", garantiu a comissária, que ainda afirmou que a liberação de reservas estratégicas de petróleo no mercado é uma "ferramenta poderosa" para conter a alta dos preços da commodity.

Simson também informou que houve concordância quanto à proposta de sincronizar a rede elétrica da Ucrânia com a da UE, em caráter emergencial. O problema, porém, não será resolvido em horas, mas sim dias ou semanas, alertou.

A Renault interrompeu temporariamente a produção em sua fábrica de Moscou, na Rússia, informou uma porta-voz da empresa na segunda-feira. A fonte citou problemas logísticos e disse que a produção na fábrica ficará suspensa de 28 de fevereiro a 5 de março.

O presidente-executivo da Renault, Luca de Meo, havia dito no início deste mês a analistas que um agravamento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia poderia levar "a outra crise na cadeia de suprimentos ligada a peças que teriam que vir do exterior". Segundo executivos da Renault, a maior parte da produção da montadora na Rússia - um de seus maiores mercados - é para o mercado local.

O Canadá anunciou nesta segunda-feira uma nova rodada de sanções contra a economia da Rússia, seguindo medidas similares impostas pelos Estados Unidos e por outros parceiros do Grupo dos Sete (G7), em resposta à invasão militar da Ucrânia ordenada pelo Kremlin.

De acordo com os bloqueios, instituições financeiras canadenses estão proibidas de negociar ativos com o Banco Central russo e fundos soberanos do país.

Os fundos ainda tiveram seus ativos no Canadá congelados.

"O Canadá e seus aliados continuam a tomar medidas conjuntas para garantir que a invasão da Ucrânia pela Rússia seja um fracasso estratégico", declarou a vice-primeira-ministra e ministra das Finanças do país, Chrystia Freeland.

Segundo a nota do governo canadense, a escala das medidas contra o BC russo é inédita entre autoridades monetárias de países do Grupo dos Vinte (G20).

Suíça também impõe sanções contra Rússia por invasão militar da Ucrânia

O governo da Suíça anunciou que também adotará os pacotes de sanções impostos pela União Europeia em 23 e 25 de fevereiro contra a Rússia.

As sanções financeiras suíças têm entre seus alvos o presidente russo, Vladimir Putin, o premiê, Mikhail Mishustin, e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, com efeito imediato.

A Suíça diz que reafirma sua solidariedade com a Ucrânia e seu povo e que entregará ajuda para as pessoas que fugiram para a Polônia.

França se prepara para confiscar ativos de autoridades e empresários russos

O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, informou que a França está se preparando para confiscar todos os bens de autoridades e líderes empresariais russos que estão sendo alvo de sanções da União Europeia (UE). Le Maire disse que o país está em processo de listagem de propriedades, incluindo ativos financeiros, imóveis, iates e carros de luxo.

As autoridades francesas também estão tentando identificar outros indivíduos russos que poderiam ser adicionados à lista da UE de pessoas alvo de sanções devido à "sua proximidade com a liderança russa", acrescentou.

Reino Unido impõe sanção contra BC da Rússia, em nova punição por invasão.

O governo do Reino Unido anunciou sanções contra o Banco Central da Rússia. Em comunicado, a administração afirma que esta é a mais recente punição após medidas já anunciadas voltadas para "impor consequências severas" contra o presidente Vladimir Putin e a economia russa.

O Reino Unido diz que a ação desta segunda-feira é tomada após combinar esse passo com os EUA e a União Europeia, a fim de evitar que o BC russo use reservas estrangeiras para minar o impacto de sanções já impostas e também para limitar a capacidade de o BC fazer transações no mercado cambial a fim de apoiar o rublo.

O comunicado diz ainda que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) segue pronto para adotar qualquer medida necessária a fim de apoiar a resposta do governo de Londres à invasão russa na Ucrânia.

EUA impõem novas sanções à Rússia, tendo como alvos BC local e fundo soberano

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou um novo conjunto de sanções que proíbe cidadãos no país de se envolver em transações com o Banco Central da Rússia, o Fundo Nacional de Riqueza russo e o Ministério das Finanças do país. Além disso, o Tesouro aplicou bloqueios ao Fundo de Investimento Direto Russo e a seu CEO, Kirill Dmitriev.

As medidas, anunciadas nesta segunda-feira e postas em prática pelo órgão de controle de ativos estrangeiros do Tesouro americano, vão "efetivamente imobilizar quaisquer ativos do Banco Central da Federação Russa detidos nos Estados Unidos ou por cidadãos dos EUA", diz o Departamento.

A entidade ainda afirma que a sanção contra o Fundo de Investimento Direto e seu diretor limita a capacidade do Kremlin de buscar financiamento estrangeiro.

Com as medidas, "os Estados Unidos continuam a demonstrar seu compromisso inabalável de apoiar a Ucrânia, impor custos ao círculo íntimo do presidente da Rússia, Vladimir Putin ou àqueles ligados a Putin e impedir que o seu regime levante capital para financiar sua invasão da Ucrânia", disse o Tesouro americano, em nota.

Secretária do órgão, Janet Yellen afirmou que as medidas impostas nesta segunda vão limitar "significativamente" a capacidade da Rússia de usar ativos para financiar suas "atividades desestabilizadoras", além de mirar nas fontes que Putin depende para sustentar a agressão à Ucrânia.

Japão anuncia sanções contra BC da Rússia e presidente de Belarus

O Japão informou que implementará sanções contra o Banco Central da Rússia e também o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko. O premiê japonês, Fumio Kishida, revelou a rodada mais recente de punições após falar ao telefone com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Mais cedo, o Japão havia dito que imporia sanções contra bancos russos e alguns indivíduos do país, entre eles o presidente Vladimir Putin. Kishida não deu, porém, detalhes sobre as sanções mais recentes.

O BC russo informou no ano passado que possuía, em 30 de junho, cerca de 10% de suas reservas cambiais e ativos em ouro localizados no Japão.

Tóquio ainda decidiu impor sanções sobre entidades de Belarus e indivíduos, entre eles Lukashenko, e restringe exportações ao país pela ajuda dele à invasão russa na Ucrânia, disse Kishida. Segundo ele, Zelensky agradeceu o Japão pelo apoio.

Rússia fecha espaço aéreo para 36 países, a maioria da Europa

Autoridades da Rússia anunciaram nesta segunda-feira, 28, o fechamento do espaço aéreo para companhias aéreas de 36 países. A maioria das nações é da Europa, mas o Canadá também está na lista, veiculada pela agência estatal RIA.

A medida é publicada em momento de tensões entre Moscou e potências do Ocidente, por causa do ataque militar russo na Ucrânia.

A nota da agência oficial diz que a Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia adotou a medida como retaliação, após Estados europeus proibirem voos de companhias aéreas russas ou registradas no país.

Entre os países alvos da medida estão Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Grécia, Espanha, Itália, Canadá, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, França, Finlândia, Croácia, República Checa, Suécia e Estônia.

UE fecha espaço aéreo a voos russos e bancará envio de armas a ucranianos

Em reação à escalada das ameaças do presidente Vladimir Putin, a União Europeia anunciou neste domingo, 27, sanções e medidas históricas para ajudar a Ucrânia. A primeira delas foi a decisão do bloco de fechar seu espaço aéreo para voos operados pela Rússia, tanto de empresas aéreas quanto de jatos particulares.

Em outra decisão sem precedentes, o grupo de países concordou em financiar a compra e entrega de armas e equipamentos às forças ucranianas, incluindo caças.

Da Alemanha à Suécia, passando por França, Bélgica e Itália, os países europeus foram fechando gradualmente seu espaço aéreo às companhias russas. A decisão deve ser um golpe tanto ao setor de aviação russo quanto às frequentes viagens da oligarquia do Kremlin para a Europa. Em resposta, a companhia aérea russa Aeroflot anunciou a suspensão de todos os voos para o bloco.

A UE também decidiu proibir meios de comunicação financiados pelo Kremlin de atuar em países do bloco. Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyn, os canais Russia Today (RT) e Sputnik News também terão as concessões para operar no bloco cassadas.

"Vamos banir a máquina de propaganda do Kremlin da União Europeia", disse Von Der Leyn. "Putin não mais conseguirá espalhar mentiras e divisões entre o bloco."

Em uma decisão histórica, a União Europeia autorizou um pacote de € 450 milhões (cerca de R$ 2,6 bilhões) para a compra e entrega de armas às forças ucranianas. O pacote de ajuda também incluiria provisões de cerca de € 50 milhões (cerca de R$ 290 milhões) para a compra e entrega de combustível e equipamentos médicos para a Ucrânia.

Na entrevista coletiva, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, explicou que o bloco enviará aviões de combate para a Ucrânia. "Não estamos falando apenas de munição. Estamos fornecendo as armas mais importantes para uma guerra", disse o diplomata, explicando que o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, pediu aviões que os ucranianos possam pilotar. "Alguns membros (da UE) têm esses aviões", disse Borrell.

A UE decidiu se unir formalmente para enviar armas para a Ucrânia depois de alguns países, individualmente, como França, Espanha, Grécia e Polônia, anunciarem que iriam financiar o esforço de guerra do presidente Volodmir Zelenski.

Além de viabilizar esses fundos para a compra de armas, os chanceleres europeus chegaram a um acordo político para bloquear as transações do Banco Central russo. Com essa medida, mais de metade das reservas do Banco Central da Rússia ficarão paralisadas, uma vez que são mantidas em instituições dos países do G-7.

No sábado, 26, a UE e os EUA decidiram tirar parte dos bancos russos do sistema internacional de pagamentos Swift.

Fonte: O Estado de São Paulo

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