G7 promete eliminar financiamentos a fontes fósseis no exterior
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- 29/05/22
Os ministros de Energia e Clima do G7 se comprometeram na sexta-feira (27) a eliminar financiamentos públicos para centrais elétricas movidas a combustíveis fósseis no exterior até o fim de 2022. É o que diz o comunicado final da reunião ministerial do grupo em Berlim, na Alemanha, que prevê apenas exceções em "circunstâncias limitadas" e "em linha com os objetivos do Acordo de Paris", mas sem especificar quais seriam essas situações.
"Após o ataque russo à Ucrânia, o apoio financeiro a empresas e cidadãos afetados pelo forte aumento dos preços dos combustíveis fósseis está na agenda política de muitos países", diz a conclusão do G7 da Energia.
"Queremos que as medidas de compensação sejam temporárias e miradas e reiteramos nosso compromisso com a eliminação de subsídios ineficientes às fontes fósseis até 2025", acrescenta o documento.
O G7 entende como "ineficientes" os subsídios que não servem para manter o padrão de vida da população, mas sim para distorcer o mercado.
O grupo também se empenhou em descarbonizar a "maior parte" da geração de energia elétrica até 2035 e dos transportes de rua até 2030.
Além disso, as sete potências prometeram dobrar os financiamentos para ajudar países em desenvolvimento a descarbonizar suas economias e reconheceram que a proteção do meio ambiente está "intrinsecamente ligada" aos direitos humanos.
Os ministros também discutiram a possível criação de um "Clube do Clima" formado pelos sete países (Alemanha, Canadá, EUA, França, Itália, Japão e Reino Unido), mas aberto a outras nações do mundo.
O objetivo dessa iniciativa seria "promover uma ação climática ambiciosa". "Tivemos uma primeira discussão sobre a proposta do Clube do Clima e seguiremos adiante para intensificar nossas conversas, inclusive com parceiros do G20 e outros países emergentes", afirma o comunicado do G7.
Em coletiva de imprensa em Berlim, o ministro italiano da Transição Ecológica, Roberto Cingolani, disse que a reunião trouxe "passos adiante". "Foi uma discussão extremamente densa e que produziu um comunicado bom e totalmente compartilhado", acrescentou.
Fonte: ANSA