China deve acelerar aquisições de empresas de petróleo e gás no exterior

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A China deve acelerar aquisições de empresas de petróleo e gás no exterior para atender sua crescente demanda por energia. "As importações crescentes serão um motor para as aquisições", disse Alex Yap, consultor de energia do FGE, em Cingapura.

"Do ponto de vista de uma nação, eles têm uma agenda de segurança no abastecimento, mas do ponto de vista das empresas chinesas, elas estão interessadas em se transformarem em impérios."

As dificuldades em aumentar a produção doméstica têm levado as empresas chinesas, incluindo China National Offshore Oil Co. (CNOOC) e a Sinopec, a gastar mais de US$ 100 bilhões desde 2009 em ativos de petróleo e gás para aumentar as importações. A CNOOC pretende dobrar sua produção anual de petróleo e gás de cerca de 60 milhões de toneladas para 120 milhões de toneladas de óleo equivalente, ou 2,6 milhões de barris por dia, até 2020 e 180 milhões de toneladas até 2030.

Pequim também gastou bilhões em empréstimos subsidiados e apoios para garantir petróleo e gás na África e na América do Sul.

Embora a China não traga todo o petróleo de seus ativos no exterior para o país, o acesso aos campos dá a Pequim segurança no abastecimento e permite ao país planejar suas metas de importação.

"As tradings estatais Unipec e Chinaoil estão negociando mais no mercado mundial do que o volume adquirido para atender as necessidades domésticas de refino", disse uma autoridade familiarizada com as estratégias de negociação de contratos de petróleo da China.

"Ao fazer aquisições no exterior, às vezes eles constroem refinarias como garantia para assegurar blocos de petróleo e gás, permitindo-lhes flexibilidade para tomar petróleo ou
combustível refinado, ou se envolver em uma série de acordos de troca."

Em setembro deste ano, a China ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o maior importador de petróleo do mundo, resultado do crescimento acelerado e das fortes vendas de automóveis do país, informou a Administração de Informações de Energia (AIE) dos EUA em relatório divulgado nesta semana.

O relatório ainda sinaliza que a posição conquistada pela China pode ser mantida até 2014. Essa não foi a primeira vez que a China liderou o ranking.

Em setembro deste ano, o consumo de petróleo na China ultrapassou em 6,3 milhões de barris por dia (bpt) o que o país produziu, em setembro, obrigando o país a importar a diferença, explica a AIE. A diferença nos EUA foi equivalente 6,13 milhões de bpd.

A mudança aconteceu em parte como resultado de um salto nas exportações de produtos refinados de petróleo pelos Estados Unidos, por isso os norte-americanos podem retornar ao posto de número um rapidamente.

Os Estados Unidos, que têm uma população que corresponde a aproximadamente um terço da população chinesa, consome mais petróleo por pessoa que a China.

Em setembro, os americanos usaram 18,6 milhões de barris por dia de petróleo e outros combustíveis fósseis líquidos, enquanto a China usou 10,9 milhões, de acordo com o AIE. E a produção dos EUA foi de 12,5 milhões de barris por dia, enquanto que a China foi de 4,6 milhões.

Fonte: Folha de São Paulo

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