Banco mundial cobra reformas dos países árabes

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Os países do Oriente Médio e Norte da África precisam promover reformas políticas e econômicas para reduzir as disputas regionais e promover o crescimento. Devem buscar a estabilidade para voltar a atrair investidores estrangeiros que deixaram a região ou que passaram a investir em outras nações, de acordo com relatório sobre desenvolvimento e perspectivas para a região divulgado ontem (10) pelo Banco Mundial.

O estudo Oriente Médio e Norte da África: Investir em épocas turbulentas estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da região vai crescer 2,8% este ano, metade apenas do avanço de 2012. Nem os países do Golfo escapam dos efeitos dos conflitos na região e deverão ter em 2013 um crescimento menor do que o do ano passado.

O banco avalia, no entanto, que o PIB dos países do Oriente Médio e Norte da África pode crescer até 4% em 2014, desde que a situação política fique mais estável e "clara". O documento ressalta, porém, que há vários "riscos" que ameaçam esta perspectiva. A maioria deles é de "natureza doméstica e relacionada à instabilidade política". De acordo com a economista-chefe do Banco Mundial para o Oriente Médio e Norte da África, Shanta Devarajan, nações da região não podem "se dar ao luxo" de negligenciar a contínua falta de crescimento econômico.

"A falta de reformas econômicas significativas, combinadas com instabilidades políticas e macroeconômicas, especialmente nas economias em transição, vão manter o investimento e o crescimento abaixo do potencial não só no curto prazo, mas nos anos que estão por vir, a menos que sejam adotadas ações reparadoras", afirmou ela, segundo comunicado da instituição.

Neste estudo, o Banco Mundial divide os países em exportadores de petróleo do Golfo (Bahrein, Kuwait, Omã, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos); exportadores de petróleo em desenvolvimento e em transição (Iêmen e Líbia); exportadores de petróleo em desenvolvimento (Argélia, Iraque, Síria e Irã, que não é árabe); importadores de petróleo em transição (Tunísia e Egito) e importadores de petróleo (Marrocos, Jordânia, Djibuti, Líbano e Palestina).

Segundo levantamento, as nações da região deixaram de receber investimento estrangeiro direto (IED) por causa da instabilidade política e econômica.

De 2006 a 2010, os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) e outros árabes receberam mais IED em relação ao PIB do que outras nações emergentes. De 2010 em diante, porém, os árabes perderam IED para outras nações em desenvolvimento. Vale lembrar que a Primavera Árabe eclodiu em 2011. De acordo com o banco, nos últimos anos a região tem atraído recursos apenas em setores já "acostumados" com investimentos externos.

"A turbulência política afetou o padrão e a composição do IED, que teve fluxos distorcidos aos setores extrativos, que criam menos empregos. Ao mesmo tempo, isso desencorajou o IED de alta qualidade na indústria, de mão de obra intensiva, e nos serviços", destaca o comunicado da instituição.

Para voltar a atrair investimentos, o Banco Mundial afirma que os países árabes, principalmente aqueles em situação instável, precisam garantir a aplicação da lei, os direitos de propriedade, se comprometer com a estabilidade e executar políticas transparentes para gerar empregos e garantir uma transformação estrutural na região.

Fonte: Aduaneiras

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