Djibuti construirá usina sustentável de energia
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- 14/10/13
O Banco Mundial irá emprestar US$ 6 milhões para o Djibuti construir uma usina geotérmica. O acordo de empréstimo foi assinado no domingo (13) e o dinheiro será repassado ao Djibuti por meio da Associação Internacional para o Desenvolvimento (IDA, na sigla em inglês), braço do Banco Mundial que apoia os países mais pobres do mundo.
De acordo com o comunicado divulgado pela instituição, o Projeto de Geração de Energia Geotérmica irá produzir eletricidade a partir do calor resultante de rochas subterrâneas na região do Lago Assal.
Para gerar energia geotérmica, a usina utiliza vapor de água procedente do interior de rochas subterrâneas. Esse calor é elevado a alta pressão, que o torna capaz de movimentar lâminas de turbinas. Essas turbinas geram energia mecânica, que é convertida em elétrica por um gerador.
Esse tipo de usina tem um funcionamento similar às termelétricas. No entanto, ela não emite os gases causadores do efeito de estufa porque utiliza o calor da terra para gerar energia. Já a termelétrica queima combustíveis fósseis para obter o mesmo resultado.
A usina do Djibuti poderá gerar até 50 MW de energia, o equivalente para abastecer uma cidade de aproximadamente 300 mil moradores. Segundo o comunicado do Banco Mundial, esta usina poderá atender às demandas energéticas do Djibuti e reduzir os custos da energia elétrica em até 70%. Ainda segundo o Banco Mundial, 100% da geração de energia do Djibuti poderá vir de fontes sustentáveis até 2020.
Este projeto está orçado em US$ 31 milhões. Do total, US$ 6 milhões serão emprestados pelo IDA, US$ 500 mil serão investidos pelo governo do Djibuti e o restante virá da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), do Banco de Desenvolvimento Africano, do Fundo Dinamarquês para o Desenvolvimento Sustentável na África e pela Agência Francesa de Desenvolvimento.
De acordo com o ministro das Finanças e da Economia do Djibuti, Moussa Dawaleh, o projeto irá garantir energia segura e limpa a todos os djibutienses quando a usina estiver em operação. "Todos os nossos cidadãos deverão ter uma fonte acessível e confiável de eletricidade, que é fundamental para o desenvolvimento da economia e do bem-estar", disse.
Fonte: Aduaneiras