Chile cria fundo para exportar serviços de inovação e tecnologia

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O governo do Chile resolveu criar um novo fundo para ajudar empresas de serviços de inovação e tecnologia de informação (TI) no processo de internacionalização. O Brasil é um dos principais mercados visados pelo segmento.

O órgão que ajuda empresários a entrarem no mercado internacional é o ProChile, instituição ligada ao Ministério de Relações Exteriores do país. A seleção das empresas que vão receber o apoio será feita a partir de um novo programa, o ContactChile, que vai avaliar projetos e ajudá-los, seja com verbas, organização de agendas, apoio de marketing, ou outros meios. O novo fundo também separa os segmentos de serviços tradicionais e os serviços voltados para inovação e TI.

O diretor do Escritório Comercial do Chile no Brasil, Oscar Páez Gamboa, explica que o principal objetivo da criação desse novo programa é o aumento da participação do setor no volume de exportações chilenas. "Para a economia não depender dos preços das commodities, mas também de produtos de valor agregado. O setor de serviços também tem uma vantagem, que é a absorção de mão de obra", disse. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no mês de setembro, Brasil e Chile tiveram uma corrente de comércio de U$ 647 milhões, chegando a um acumulado de U$ 6,18 bilhões no ano.

Os dois países fecharam 2012 com uma corrente de comércio de U$ 8,77 bilhões.

De acordo com Oscar, o Escritório de Comércio do Chile em São Paulo é o maior da América Latina. Ele também explica o interesse dos investidores no País. "O Brasil é um megamercado, com mais de 190 milhões de consumidores, e o sucesso da classe média, que conseguiu gerar mais de 50 milhões, faz com que todo mundo queira chegar a essa nova capa de consumo".

O diretor da ProChile explica que, hoje, a maior participação do país no mercado brasileiro se dá pelo segmento de alimentos e bebidas. "O Chile é o maior fornecedor de vinhos, frutas secas e produtos de mar, e o segundo maior fornecedor de frutas frescas [para o Brasil]". Com o novo programa, o governo chileno quer que empresas de inovação e tecnologia também consigam uma parcela significativa no consumo brasileiro. "No ano passado, foram mais de 100 propostas de TI que tinham como objetivo o mercado brasileiro e, em média, 25 programas foram apoiados", explica o diretor.

A convocatória de empresas com propostas para o mercado brasileiro em 2013 deve acontecer nos próximos meses. A ProChile analisa não apenas o volume de produção das candidatas, mas também a competitividade do produto no Brasil.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria

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