Foreign Affairs avalia mercado econômico na China
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- 18/10/13
Um panorama atual do cenário econômico e financeiro na China é destaque nesta edição da revista Foreign Affairs. A matéria comenta que o crescimento econômico do país é um dos méritos que recaem na conta do Partido Comunista chinês. O texto afirma que a ideologia comunista ficou desacreditada, mas enquanto o mercado econômico estava em alta, os cidadãos deixaram de lado as suas preocupações para ainda apostar no partido.
Com a interrupção desse crescimento pela crise financeira global, o clima no país mudou com as demissões em massa nas fábricas e os outros reflexos do colapso do comércio mundial.
"Só que isso não aconteceu", avalia o veículo. A economia chinesa enfrentou exatamente este cenário catastrófico nos últimos meses de 2008. Colapso da confiança e disfunção nos negócios financeiros em todo o mundo forçaram o cancelamento dos pedidos em massa e representou um grande golpe para a indústria de fabricação chinesa, unindo pontos fracos de uma economia doméstica já frágilada após meses de esforços do governo para esfriar a bolha imobiliária e a inflação superaquecida. Dezenas de milhões de trabalhadores chineses foram demitidos até o feriado do Ano Novo Lunar, no final de janeiro de 2009. Eles voltaram para o campo, passaram o feriado com parentes e esperaram a crise diminuir.
Após um balanço do mercado econômico nos últimos anos, a revista diz que a força de trabalho chinesa mudou e ainda está em processo de mudança, porém muito mais rápido do que Pequim havia previsto. O veículo enumera as fases desse processo, analisando que primeiro veio o aumento da demografia, seguido da urbanização, como o movimento massivo de trabalhadores em torno das ofertas nas fábricas, nos anos de 1990 e 2000, após as primeiras reformas orientadas para o mercado da década de 1980, que liberou os trabalhadores agrícolas.
E cita ainda o terceiro período, que recebeu dezenas de milhões de demissões em empresas estatais na década de 1990, que ajudaram a manter fiel desemprego na China urbana.
Fonte: Jornal do Brasil