Mineradoras buscam novos depósitos de zinco apostando em fim de excedente
- Detalhes
- 05/11/13
Empresas em todo o mundo estão se esforçando para encontrar novos depósitos de zinco, impulsionadas por maiores compras chinesas do metal utilizado para tornar carros novos à prova de ferrugem e revestir o aço utilizado na construção de pontes e arranha-céus.
Multinacionais como a Glencore Xstrata, com sede na Suíça, a belga Nyrstar e a chinesa MMG estão financiando novas minas da África ao Yukon (no Canadá) por expectativas de que o excedente de zinco se transforme em déficit.
Com veteranos da mineração como o ex-presidente da Newmont, Pierre Lassonde, que detém uma participação na canadense Foran Mining, elas também estão investindo, enquanto minas envelhecidas que representam um décimo do consumo mundial começam a fechar. Até mesmo explorações antigas estão sendo reabilitadas, incluindo minas de prata e zinco desenvolvidas no Canadá pelos notórios irmãos Nelson e William Hunt, na década de 1970.
Os preços do zinco negociados na bolsa de metais de Londres já caíram em até 15 por cento neste ano, mas as perspectivas estão mudando, em parte graças a um crescente apetite das siderúrgicas chinesas pelo metal.
Em cinco anos, os preços do zinco podem quase que dobrar caso o ritmo de crescimento da demanda chinesa continue.
Atualmente, a China, maior consumidor mundial da commodity, já precisa de mais zinco para levar o nível anticorrosivo de seu aço para mais perto dos níveis internacionais. No geral, o aço fabricado na China contém apenas um quarto do zinco encontrado no aço ocidental.
A questão dos problemas com ferrugem nos carros fabricados na China foi destaque em um programa de defesa do consumidor transmitido pela emissora estatal CCTV.
As importações chinesas de zinco refinado subiram em mais de 10 por cento nos primeiros nove meses de 2013, mostraram dados do mercado.
Ainda, o eminente fechamento de minas de zinco mais antigas deverá eliminar coletivamente 1,7 milhão de toneladas de produção, ou 11 por cento do consumo mundial.
"As operações que deverão substituí-las serão as mais pequenas, por isso existe o risco de haver um déficit na oferta de zinco minerado", disse o analista de commodities da UBS, Tom Price.
Fonte: Reuters