China quer sincronia com Brasil em transgênicos

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Cientes da importância do Brasil nas exportações de grãos, os chineses querem um caminho seguro da produção ao seu mercado.

Eles cobram uma sincronia entre as aprovações de novas tecnologias no país de origem e na China. Isso evitaria atrasos na entrada desses produtos no país.

A China atualmente está recusando um milho produzido nos Estados Unidos porque não autorizou a tecnologia utilizada por uma empresa europeia de sementes.

O resultado é que dez navios estão no mar com esse tipo de milho e proibidos de chegar aos portos da China. Esse milho já está aprovado no Brasil desde 2009. O Brasil mesmo teve um caso recente de recusa pelos chineses. Uma nova variedade de soja da Monsanto, a Intacta RR2, aprovada no país desde agosto de 2010, só teve a aprovação dos chineses em junho deste ano.

Um dos pontos básicos das discussões, portanto, e que consta no "Plano Estratégico para o Fortalecimento da Cooperação Agrícola", assinado pelos dois países em junho, é o sistema regulatório de transgênicos.

No início de janeiro, brasileiros e chineses se reunirão no Brasil para discutir questões bilaterais relacionadas a produtos de biotecnologia agrícola.

O grupo de estudos dos dois países quer também fortalecer a cooperação e o intercâmbio de conhecimento em ciências e tecnologia.

A China deverá ficar cada vez mais dependente da importação de grãos do Brasil, inclusive de milho, cujas exportações vêm aumentando.

As exportações brasileiras de milho, após terem atingido 19,8 milhões de toneladas no ano passado, subirão para 26 milhões neste ano.

A China, que ainda tem participação insignificante nas compras de milho no Brasil, deverá aumentar as importações após a assinatura do acordo fitossanitário entre os dois países.

Essa exigência de sincronia dos chineses vai exigir uma previsibilidade maior dos órgãos que aprovam a biotecnologia no Brasil.

Fonte: Portal do Agronegócio

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