Em Havana, Dilma defende integração da América Latina contra efeitos da crise econômica

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Em discurso na abertura da segunda cúpula da Comunidade dos Estados Latino Americanos e Caribenhos (Celac), a presidente Dilma Rousseff defendeu a integração do bloco como forma de enfrentar os efeitos da crise econômica mundial. Para ela, o fim das turbulências que os países desenvolvidos têm vivido atualmente pode favorecer o bloco por conta do tamanho de seus mercados.

- O início deste momento de pós-crise que agora vivemos, e as turbulências geradas pela redução dos estímulos monetários nos países desenvolvidos, pela saída da crise, tornam o tamanho de nossos mercados cada vez mais estratégicos e coloca no centro dos desafios nossa capacidade de construir, articular e criar entre nós ações concretas de cooperação no âmbito da Celac.

A presidente fez questão de dizer que houve avanços regionais, apesar das diferenças entre os países que optaram por modelos econômicos e políticos diversos – numa alusão a Cuba e aos chamados bolivarianos (Bolívia, Venezulea e Equador). Ela afirmou que a integração é um projeto estratégico e voltou a defender que Cuba seja integrada totalmente aos mercados, num recado indireto aos Estados Unidos que mantêm há mais de 50 anos um embargo comercial à ilha. - A integração latina e caribenha é projeto estratégico, tanto do ponto de vista do mercado como do ponto de vista do resgate da população, por meio do combate à pobreza e elevação das nossas nações a condição de povos desenvolvidos.

Dilma defendeu que a saída da crise requer um enforque de longo prazo.

- A saída definitiva dessa crise requer um enfoque que não privilegie apenas o curto prazo. É natural que num ambiente de crise e contaminados pelos seus efeitos adversos, muitas avaliações acabem privilegiando só essa dimensão temporal, ou seja, o curto prazo. É imprescindível resgatar o horizonte de médio e longo prazos.

A presidente também defendeu que, embora as economias desenvolvidas demonstrem que estão se recuperando, é importante que os países em desenvolvimento tenham noção do papel estratégico neste momento. De acordo com ela, esses países ainda terão por um bom tempo as maiores oportunidades de investimentos e de aumento do consumo. Ela também lembrou que há possibilidade de atração de capitais em várias áreas, como energia, petróleo, infraestrutura.

- É apressada a tese difundida recentemente segundo a qual, depois da crise, as economias em desenvolvimento e emergentes serão menos dinâmicas. Precisamos nos dispor a integrar nossos mercados cada vez mais e criar fluxo de investimentos entre nossos países. A Celac é poderoso instrumento de aproximação entre os estados-membros.

Fonte: O Globo

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