Capital de América Latina é afetado com turbulência financeira, diz El País

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O jornal espanhol El País destaca na sua edição desta quarta-feira (26/2) que a turbulência que atingiu os mercados emergentes teve reflexos na América Latina, mas de forma mais branda do que na Turquia e na Rússia, por exemplo, e os investidores começam a olhar a região como "alternativa". O texto dá ênfase ao discurso de José Ramón Perea, economista do Centro de Desenvolvimento da OCDE, durante a apresentação do relatório sobre as perspectivas das agências da região de Madrid.

Ele diz que "América Latina é uma das maiores vítimas da volatilidade do mercado. (...) A produção acumulada desde o início de novembro (quando o último episódio de volatilidade ocorreu) o fluxo é de 14.000 milhões de dólares na região para 9.000 milhões registrados em maio passado".

O Institute of International Finance (IIF), que representa os grandes bancos privados do mundo e acompanha de perto a evolução dos fluxos de capital, está adotando a mesma linha. Em seu mais recente relatório sobre a evolução do investimento em países emergentes, a América Latina foi a única região que teve suas previsões fluxos de capital reduzidos, tanto em 2013 quanto para 2014, em comparação com aumento projetado para as economias emergentes da Ásia, Europa e África. No entanto, a reportagem afirma que o México e Peru estão entre os piores desempenhos que têm ocorrido no último mês entre as nações emergentes, quatro das seis moedas perderam valor. Em termos líquidos, o IIF prevê que o investimento estrangeiro na região deve se estabilizar em 2014 e 2015, em cerca de 5% do PIB, mas há uma distinção clara entre os países do Mercosul - Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela- e aqueles da chamada Aliança do Pacífico - México, Colômbia, Peru e Chile. O texto analisa que a inclusão do Brasil entre os países mais vulneráveis para a situação atual não é tão claramente compartilhada por outros especialistas.

Embora os investidores estabeleçam as diferenças entre aqueles que têm feito o seu dever de casa e os que não cumpriram as suas obrigações, os motivos que atraem os investimento mais baixos são comuns a todos os países: a redução do volume de comércio, moderação dos preços das matérias-primas e incerteza condições financeiras e monetárias globais. Este, por sua vez, é uma conseqüência de um resultado de fraco crescimento econômico na Zona do Euro, a desaceleração da economia chinesa e do impacto de um eventual aperto da política monetária nos Estados Unidos, como recordou a OCDE no seu relatório.

Fonte: Jornal do Brasil

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