África cresce e morre de fome

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A revista The Economist de março dedicou um número especial para a África. Segundo o Jornal El País, eles foram bastante otimistas sobre os passos do continente.

Vinte nações africanas estão na lista dos 25 países que mais cresceram entre 2008 e 2013, superando a crise financeira mundial. O nível médio de crescimento do PIB está perto 6%, em alguns casos, como o da África subsaariana.

Estes dados fazem parte de um relatório divulgado hoje (9) pelo Painel de Progresso da África, uma iniciativa da influência internacional liderada pelo ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, e os outros líderes das áreas de economia, política e ativismo, como o presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo e o ex- diretor-geral do FMI Michel Camdessus. Apesar do crescimento dinâmico, um em cada três pobres do mundo continua a ser africano e as taxas de desnutrição atingiram recorde de 223 milhões de pessoas. A principal explicação para esse paradoxo é familiar para diversas nações em desenvolvimento: os benefícios do crescimento se concentram de forma desproporcional em alguns setores da população em detrimento da maioria.

A África é a segunda região mais desigual do mundo, perdendo apenas para a América Latina. A desigualdade é injusta, mas também dificulta a economia na medida em que põe em xeque a credibilidade das instituições e diminui a capacidade de consumo dos mais pobres. Deixando de lado as áreas ainda sofrem a tragédia da guerra e os conflitos violentos, a maioria dos países da região têm em sua vantagem as tendências demográficas, a tecnologia e da expansão da democracia.

Fonte: Jornal do Brasil

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