FT: América Latina persegue objetivos fora de campo

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O jornal econômico Financial Times publicou uma matéria ontem (30) analisando as economias de diferentes países da América Latina e seus crescimentos. Com o ciclo das "commodities" no fim, a questão hoje, segundo o texto, é se a Copa do Mundo marcará o fim de uma década dourada para o continente ou meramente uma nova época na qual o crescimento econômico será resultado de reformas e investimento, em vez de crédito para o consumo.

"Desde 2011 o preço das commodities foi caindo e as coisas passaram a se tornar mais difíceis para a região", disse Marcelo Salomon, economista da Barclays. "A questão agora é como sobreviver à diminuição do ritmo... E quais países serão capazes de se estabilizar em uma taxa de crescimento mais baixa".

O texto aponta que o Brasil pode ser um dos favoritos para ganhar a Copa, mas na disputa econômica, está enfrentando uma forte competição, particularmente do México, velho rival. A Barclays baixou a expectativa de crescimento brasileira de 2014 e 2015, indo de 1,7% para 0,7% e 2,4% para 1%, respectivamente. O México decepcionou em 2013 com 1,1%, mas a empresa está mantendo suas predições para o país: para os economistas, o México deve crescer 3% em 2014 e 3,8% em 2015. A "Capital Economics", de Londres, por sua vez, prevê um crescimento de 2,8% do Chile comparado com 4,1% em 2013. A Colômbia e o Peru, entretanto, continuam firmes com previsões de 4,5% e 5%. O artigo destaca que a agência Moody's avisou na última semana ao Brasil que o "ciclo vicioso" de baixo investimento e sentimentos negativos precisam ser quebrados para manter um aspecto estável na nota de crédito do país. Esse seria o desafio para o próximo presidente, sendo Dilma Rousseff ou Aécio Neves, seu rival mais próximo.

"O modelo de crescimento baseado no consumo está perdendo gás e o Brasil foi menos efetivo na implementação de reformas do que os mexicanos", defende Lucio Vinhas de Souza, chefe econômico soberano da Moody's. A reportagem é concluída com as afirmações de que o crescimento nos gastos com o consumo está diminuindo de ritmo, a taxa de juros está alta, a produção industrial está caindo e a criação de empregos formais em abril foi a pior de todos os meses desde 1992. Para reverter isto, o jornalista infere que o próximo governo brasileiro terá que construir um choque de credibilidade, controlando os gastos públicos e diminuindo a inflação.

Fonte: Jornal do Brasil

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