Soja tem nova sessão de queda em Chicago nesta quarta-feira

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Nesta quarta-feira (9), os futuros da oleaginosa seguem recuando e os primeiros vencimentos perdem mais de 10 pontos e o primeiro contrato já trabalha valendo US$ 13,14 por bushel. As perdas nessa sessão configuram, portanto, o maior recuo seguido desde 2009.

As expectativas para uma grande safra nos Estados Unidos na temporada 2014/15 seguem como o principal fator de pressão para os preços nesse momento. "As discussões sobre uma alta produtividade continuam e com as atuais condições de clima há, realmente, uma grande chance de que isso aconteça. Nós continuamos a ver o mercado caindo", disse o analista internacional Graydon Chong, do banco Rabobank International.

De acordo com informações da agência norte-americana DTN, as temperaturas no Meio-Oeste na próxima semana deverão ser adequadas, evitando qualquer dano às lavouras recém implantadas. Além disso, algumas chuvas esparsas deverão manter os bons níveis de umidade do solo. Ontem (8), a soja fechou mais uma vez em queda na Bolsa de Chicago. As perdas mais intensas foram registradas nos primeiros vencimentos e o contrato agosto/14, um dos mais negociados nesse momento, encerrou o dia perdendo 24,75 pontos, valendo US$ 12, 48 por bushel. Já a posição novembro, referência para a nova safra norte-americana terminou os negócios cotada a US$ 11,16, com 9,20 pontos de baixa.

As boas condições das lavouras da safra 2014/15 nos Estados Unidos são boas e fortalecem as perspectivas de uma colheita de soja de mais de 100 milhões de toneladas nessa temporada no país. De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), 72% das lavouras foram classificadas como boas ou excelentes e esse é o melhor índice para esse período desde 1994.

Paralelamente, o comportamento do CLIMA no Meio-Oeste americano também tem se mantido bastante favorável e chegam como mais um fator negativo para os preços da oleaginosa nesse momento. "Previsões climáticas favoráveis continuam a aumentar as projeções de produtividade das lavouras dos EUA pelo mercado", informou um relatório do banco Morgan Stanley nesta terça.

Para Pedro Arantes, economista e analista de mercado da FAEG (Federação de Agricultura do Estado de Goiás), o mercado está agora trabalhando para assimilar todas as informações que foram apresentadas nos últimos dias, principalmente às que se referem à área de plantio nos Estados Unidos, que deve ser superior a 34 milhões de hectares na safra 14/15.

Na próxima sexta-feira (11), o USDA traz seu novo relatório mensal de oferta e demanda e esses números, como sempre, têm sido aguardados com ansiedade pelos participantes do mercado, e fazendo com que eles se posicionem da melhor forma antes da divulgação dos novos dados. "Até sair o novo relatório que concretiza todas essas informações, o mercado deve continuar apresentando essas variações pouco expressivas", disse Arantes.

De acordo com uma pesquisa feita pela agência Bloomberg, a estimativa do USDA para a nova safra de soja dos EUA deverá subir de 98,93 milhões de toneladas, projetadas em maio, para 103,07 milhões de toneladas no próximo boletim.

Mercado Interno

No mercado brasileiro, os preços ficaram estáveis em algumas praças e recuaram em outras. As perdas em Chicago aliadas ao recuo do dólar pesaram sobre as cotações e comprometeram ainda mais a comercialização do que resta da safra 2013/14 de soja. Apenas pequenos volumes foram negociados no Rio Grande do Sul e no Paraná no mercado disponível.

Ontem (8), a saca fechou o dia valendo R$ 68,00 em Paranaguá, estável em relação ao fechamento de ontem, e no porto de Rio Grande a desvalorização foi de 1,93% e o mercado fechou com o valor indicativo de R$ 66,20/saca.

Nos melhores momentos da temporada, esses valores chegaram a superar a casa dos R$ 70,00. Em 2 de junho, segundo um levantamento do economista André Lopes, do Notícias Agrícolas, o valor chegou a bater nos R$ 73,30 em Rio Grande para a soja disponível, e o mais baixo patamar atingido em junho foi o de R$ 69,50. Ainda em junho, a cotação mais alta atingida em Paranaguá foi a de R$ 74,00 por saca, contra a mais baixa de R$ 70,00. Assim, o preço médio nos dois portos, no último mês, foi de R$ 70,72 e R$ 70,85, respectivamente.

Fonte: Notícias Agrícolas

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