Portuários mantêm greve na Argentina e paralisam exportações de grãos
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- 18/07/14
Os trabalhadores do principal centro de exportação de produtos agrícolas da Argentina continuaram nesta sexta-feira com a greve que mantém embarques paralisados no país, depois que uma reunião com o governo, que tentaria acabar com o impasse, foi adiada para a próxima semana.
Nesta sexta-feira, houve uma reunião entre as autoridades governamentais e representantes do sindicato dos recebedores de grãos, que estiveram em greve até quinta-feira, mas não com a poderosa Confederação Geral do Trabalho (CGT) de San Lorenzo, que reúne a maior parte dos sindicatos da área portuária de Rosário, com as atividades paralisadas há dois dias.
A central sindical exige melhores condições de trabalho e ajuste na taxa de estiva cobrada pela cooperativa Puerto General San Martín, também nos arredores de Rosário. "Até agora, estamos parados. (O encontro) foi transferido para segunda-feira às 15h (horário local)", disse o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT) de San Lorenzo, Edgardo Quiroga.
Como consequência do protesto da CGT, os portos da região de Rosário, por onde a Argentina exporta 80 por cento dos seus produtos agrícolas, ainda estavam sem atividade nesta sexta-feira.
De acordo com dados da câmara de atividades portuárias, mais de 50 navios sofrem com atrasos pelos protestos na região, às margens do rio Paraná.
A greve que começou na quarta-feira ocorre num momento em que vários sindicatos exigem reajustes salariais devido à alta da inflação, que reduz o poder de compra dos trabalhadores.
Além da greve da CGT e recebedores de grãos, sindicatos de proprietários de caminhões e funcionários da alfândega também ameaçam com manifestações.
A disputa trabalhista ocorre na época em que a colheita de milho e soja 2013/14 está quase no fim, e milhares de caminhões com grãos chegam diariamente na área do porto de Rosário.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja e farelo de soja. Também é o terceiro exportador de soja e de milho.
Fonte: Reuters