Grupo de associações empresariais do G-20 defende retomada do pacto de BALI
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- 07/08/14
A Coalizão B-20, que reúne as associações empresariais dos países do G-20, entre elas a Confederação Nacional da Indústria (CNI), defende o resgate do acordo firmado pela Organização Mundial do Comércio (OMC) em Bali, em dezembro do ano passado. "A Coalizão está comprometida a fazer o necessário para ajudar a recolocar o processo de negociação em curso e começará uma série de encontros com governos e a OMC para convencer as partes a voltarem ao diálogo", diz o presidente do B-20 em comunicado distribuído nesta quinta-feira, 7 de agosto.
No comunicado, o B-20, que representa 6,7 milhões de empresas, destaca que o impasse em torno do Tratado de Facilitação do Comércio firmado em Bali enfraquece a OMC e "contribui para um sistema global de comércio mais fragmentado e menos eficiente". A nota lembra que o pacto de Bali estabelecia reformas capazes de reduzir o custo do comércio internacional entre 11% e 15% e gerar até US$ 1 trilhão para a economia mundial.
A Coalizão B-20 manifesta preocupação com a falta de acordo entre os países da Organização Mundial do Comércio (OMC) para ratificar o Acordo de Facilitação de Comércio de Bali e incentiva todas as partes a recolocar as negociações em curso com o máximo de urgência. Considerado um marco, o pacto anunciado no encontro ministerial da OMC em Bali, em dezembro de 2013, selou o compromisso de países-membros de padronizar procedimentos alfandegários e facilitar o fluxo internacional de mercadorias, reformas importantes que podem reduzir o custo do comércio exterior entre 11% e 15% e gerar até US$ 1 trilhão para a economia mundial.
Em seu relatório sobre Comércio e Investimento, publicado em julho de 2014, a Coalizão do B20 frisou a importância do Pacto de Bali e da Rodada de Doha para o sistema de comércio mundial. O temor entre as 6,7 milhões de empresas representadas pela Coalizão é que a não adoção do Tratado de Facilitação de Comércio comprometerá progressos futuros em Doha e enfraquece a OMC e contribui para um sistema global de comércio mais fragmentado e menos eficiente.
Após o anúncio do impasse acerca do Pacto de Bali, em 31 de julho, a Coalizão B-20 iniciou intensa rodada de consultas com seus membros e algumas das empresas em sua rede. Todos estão fortemente preocupados pelo colapso de uma iniciativa saudado como passo essencial para recuperação do crescimento econômico e da geração de empregos e estão unidas na visão que toda ação possível deve ser tomada para resgatar esse acordo.
Perrin Beatty, presidente da Coalizão B-20, afirmou: "Este pode ser um impasse significativo, mas não é o fim. A Coalizão está comprometida a fazer o necessário para ajudar a recolocar o processo de negociação em curso e começará uma série de encontros com governos e a OMC para convencer as partes a voltarem ao diálogo."
"Manter o ímpeto é essencial", acrescentou. "Países-membros da OMC devem acordar um programa de trabalho para a Rodada de Doha até o fim do ano, conforme planejado, e a Rodada de Doha da OMC deve ser concluída até o fim de 2015."
SOBRE A COALIZÃO B-20 - A Coalizão B-20 agrega as principais associações empresariais das economias do G20, reunidas na missão comum de endereçar formuladores de políticas do G20 como representantes de mais de 6,7 milhões de empresas de todos os portes e setores.
Essa declaração foi emitida em Berlim, Brasília, Bruxelas, Buenos Aires, Istambul, Joanesburgo, Londres, Madri, Cidade do México, Nova Déli, Ottawa, Paris, Roma, Seul, Sidney e Washington DC pelos membros da Coalizão do B-20.
Fonte: Confederação Nacional da Indústria