EUA querem retomar exportações de frango para a África do Sul

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O fechamento (sem dúvida temporário, como já ocorreu em diversas ocasiões anteriores) do acesso ao mercado russo, está levando a indústria norte-americana do frango a buscar novos mercados ou, mesmo, a tentar retomar mercados perdidos há algum tempo.

É o caso da África do Sul, onde a entrada de cortes com ossos (essencialmente, "leg-quarters") dos EUA é onerada há anos com taxas anti-dumping que tornaram inviável a exportação do produto para aquele país, depois que a própria avicultura sul-africana acusou os norte-americanos de concorrência desleal.

Pois agora a indústria do frango dos EUA descobriu que existe um tratado de caráter econômico do país com a África do Sul em vias de vencimento. E está solicitando a Washington que só o renove se o governo sul-africano reabrir seu mercado, sem restrições, à indústria avícola de Tio Sam. A indústria do frango brasileira também passou pelo mesmo processo enfrentado pelos norte-americanos e viu suas exportações serem igualmente oneradas por altos impostos. Sabe, portanto, que a avicultura sul-africana e o governo de Pretoria estão bastante unidos na defesa da avicultura local.

Desta vez, porém, é possível que a reabertura ao frango norte-americano ocorra como quer a indústria dos EUA – sem restrições. É que – segundo se informa – o governo sul-africano considera essencial a renovação do acordo firmado com os EUA. Nesse sentido, procura sensibilizar a indústria avícola do país a não ser entrave à renovação. Algo que parece não ser difícil, pois até líderes do associativismo avícola sul-africano se mostram favoráveis à desoneração das importações.

Em 2010 e 2011 a África do Sul esteve, pela receita cambial, entre os 10 principais importadores da carne de frango brasileira. Em 2014, até agosto, se encontrava na 21ª posição. O possível retorno da concorrência norte-americana pode afetar ainda mais esse posicionamento.

Fonte: Portal do Agronegócio

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