Acordos de facilitação do comércio internacional preocupam OMC
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- 22/10/14
O diretor-geral do OMC (Comitê de Negociações Internacionais da Organização Mundial do Comércio), Roberto Azevêdo, declarou que apesar de todos os esforços, seus membros não encontraram uma "solução para desbloquear" o impasse para cumprir o prazo para o Acordo de Facilitação do Comércio. Segundo Azevêdo, "esta pode ser a situação mais grave que a organização já enfrentou", com impacto em diversas áreas de negociações e gerando "uma crescente desconfiança", com "efeito paralisante" sobre o trabalho da organização.
O Brasil sempre foi um dos países mais empenhados na construção de um acordo comercial multilateral. De acordo com o Itamaraty, o Brasil empenhou-se pela aprovação do conjunto de acordos aprovados em Bali, em dezembro de 2013, que abrange, além de facilitação do comércio, questões de interesse prioritário para o país como administração de quotas tarifárias para produtos agrícolas e a elaboração de um programa de trabalho para conclusão das negociações de Doha. Por conta disso, é grande a preocupação do governo brasileiro quanto a um possível fracasso das negociações. Segundo informações do Itamaraty, os atrasos em relação à implementação desses acordos na OMC são lamentáveis, mas é importante ter presente que os obstáculos não se restringem à implementação do Acordo de Facilitação do Comércio.
Celebrado em dezembro de 2013, o Acordo de Bali foi a primeira negociação comercial global fechada pela OMC, após um período de quase 20 anos sem avanços, No início do ano, Azevêdo declarou que o acordo deverá reduzir os custos de comércio internacional em torno de 13% a 15%. Reforçando a posição de franqueza, Azevêdo ressaltou que vários representantes têm conversado sobre outras opções, não-multilaterais, que estão abertas a seus países.
Fonte: Guia Marítimo