Relação Cuba-EUA e aproximação com a China são temas da Celac

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A presidenta Dilma Rousseff chega hoje (28) a San Jose, na Costa Rica, para participar da 3ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). No encontro, os chefes de Estado e de governo do bloco vão celebrar duas vitórias: a decisão dos Estados Unidos de normalizar as relações com Cuba, depois de meio século, e a aproximação com a China, que prometeu duplicar o intercâmbio comercial com a região e investir US$ 250 bilhões na próxima década. Outro tema do encontro é a erradicação da pobreza.

"Até recentemente nossa região só estava de olho nos Estados Unidos e na Europa. Ao diversificar nossos interesses, não estamos mais sujeitos às imposições de alguns países e seus organismos financeiros", disse, em entrevista, o chanceler do Equador, Ricardo Patiño. Ao final da cúpula, amanhã (29), a Costa Rica entregará a presidência pro-tempore da Celac ao Equador. Uma das tarefas da presidência equatoriana será acompanhar a execução dos acordos com a China. Segundo Patiño, a crescente presença chinesa no continente preocupa os Estados Unidos, cuja influência na região tem diminuído.

"Os Estados Unidos já não são mais nosso sócio privilegiado. Agora, o sócio privilegiado é a China e também a Europa, a Rússia e muitos outros países", disse Patiño. Segundo ele, a virada na política norte-americana em relação a Cuba foi "um gesto político" para toda a região, mas não é o suficiente.

Na Cúpula da Celac, os 33 países-membros (todos do Continente Americano, com exceção dos Estados Unidos e do Canadá) vão aprovar uma declaração exigindo o fim do bloqueio econômico a Cuba, que continua, apesar da decisão do presidente Barack Obama de normalizar as relações com a ilha. O presidente cubano, Raúl Castro, foi o primeiro a chegar para a reunião.

A cúpula ocorre no momento em que a Venezuela enfrenta dificuldades econômicas, agravadas pela queda nos preços do petróleo (seu principal produto de exportação) e uma crise diplomática com a vizinha Colômbia. A origem da crise foi a visita do ex-presidente colombiano Andrés Pastrana a Caracas, para visitar o líder da oposição venezuelana, Leopoldo Lopez, que está preso. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Pastrana de tentar promover "um golpe de Estado", financiado com "dinheiro do narcotráfico". A chancelaria colombiana reagiu às declarações de Maduro, exigindo que Pastrana receba " tratamento digno" de um ex-presidente.

Fonte: Agência Brasil

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