É positivo que o Brasil seja fornecedor confiável de produtos alimentícios ao Norte da África, diz embaixador

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O comércio entre Brasil e o Norte da África aumentou de US$7,8 bilhões em 2010 para US$9,1 bilhões em 2014, informou nesta terça-feira (24/2) o embaixador e subsecretário geral de Cooperação e Promoção do Ministério da Relações Exterior, Hadil Fontes da Rocha Vianna.

Segundo ele, 80% das exportações brasileiras para o continente africano são produtos agrícolas e a intenção do governo é fortalecer o Brasil como um fornecedor confiável de alimentos, disse Vianna ao participar do seminário Brasil e Norte da África – Oportunidades para o Agronegócio e a Segurança Alimentar, organizado na sede Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Reconhecemos um grande potencial explorável nessa relação. É positivo que o Brasil seja fornecedor confiável de produtos alimentícios, principalmente açúcar e grãos, e importador de produtos africanos como fertilizantes", disse o embaixador na abertura do encontro.

Vianna afirmou ainda que países como o Egito, Marrocos, Tunísia e Argélia, que pertencem ao continente norte-africano, são "prioridade para o Brasil e o desenvolvimento econômico social é um longo caminho que os nossos países têm pela frente".

O diretor titular adjunto do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp, Antonio Bessa, também participou da abertura do seminário. Ele disse que "há uma grande convergência dos nossos interesses com os interesses do Norte da África".

Idealizador do evento, o presidente do Instituto Brasil-África, João Bosco Monte, encorajou empresários brasileiros que participavam do encontro a explorarem o mercado consumidor norte-africano.

"Quero fazer um desafio às empresas que ainda não têm a África com local de chegada dos seus produtos: entendam que aquele continente é um manancial de oportunidades", disse. "Que os cartões que trocamos hoje possam se transformar em oportunidades e negócios bons para os lados envolvidos".

Também diretor do Derex na Fiesp, Newton de Mello afirmou que "o Brasil tem a oferecer toda tecnologia agrícola também para regiões semiáridas".

Fonte: Agência Indusnet Fiesp

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