Guiné Equatorial pede mais abertura da comunidade internacional ao país

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O terceiro vice-primeiro-ministro da Guiné Equatorial, responsável pela área de direitos humanos, Alfonso Nsue Mokuy, pediu hoje à comunidade internacional que mude de opinião sobre a realidade do país, alegando que o governo tem tentado implementar as recomendações de abertura.

"Entendemos que já é o momento de pedir à comunidade internacional que reconsidere a situação do país e dos seus dirigentes para conformá-la à realidade atual", disse ele, em discurso perante o Conselho dos Direitos Humanos, em Genebra.

Segundo o governante da Guiné Equatorial, país acusado de várias violações de direitos humanos e considerado um dos regimes mais fechados do mundo, o local está recebendo muitas críticas, "muitas delas injustas", feitas por organismos internacionais que usam normas diferentes para avaliar os fatos. Para o chefe da delegação da Guiné a Genebra, a comunidade internacional deve estar atenta à realidade "objetiva" do país.

"Os relatórios, feitos com independência, devem ser imparciais e objetivos ", disse, acrescentando que o país acredita na cooperação e no diálogo construtivo, dando o exemplo de resposta às recomendações feitas na Revisão Periódica Universal de maio de 2014 – um mecanismo do Conselho de Direitos Humanos da ONU que avalia a situação em todos os países.

Por isso, o governante lamentou a falta de reconhecimento da comunidade internacional, no que se refere à organização do Campeonato de África de futebol ou à criação de fundos para lutar contra o vírus ebola e o HIV.

Os processos e as consultas para ratificar a abolição definitiva da pena de morte estão em andamento na Guiné Equatorial, explicou o vice-primeiro-ministro, lembrando que a legislação já foi aprovada no Parlamento.

A 28ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos vai até até 27 de março. O conselho é formado por 47 pessoas, que cumprem mandatos de três anos e reúnem-se pelo menos três vezes por ano.

Em fevereiro, o presidente Teodoro Obiang assinou decreto que estabeleceu uma moratória da pena morte para conseguir a adesão plena à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tendo sido admitida no bloco em julho, durante a Cúpula de Chefes de Estado e Governo da organização, em Díli.

Fonte: Agência Brasil

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