EUA são aposta brasileira para aumentar exportações em 2015

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O avanço ocorreu no momento em que os EUA, após a crise internacional, voltam a despontar como motor da economia global, diante de uma China em desaceleração. Por isso, estreitar relações com o país virou prioridade para o governo neste ano.

O quadro contrasta, por exemplo, com o avanço da fatia brasileira na Rússia no ano passado, que ocorreu por um fator pontual.

Em resposta a sanções internacionais que lhe foram aplicadas por causa da crise política com a Ucrânia, a Rússia bloqueou a compra de produtos agrícolas da Europa, dos EUA, do Canadá, da Noruega e da Austrália, abrindo espaço ao Brasil. Diante disso, o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) anunciou a assinatura de um memorando de facilitação de comércio com os EUA, com vistas a um acordo de harmonização de normas.

Segundo interlocutores da pasta, a determinação é focar em acertos "possíveis" num momento em que o Brasil não tem perspectiva de fechar acordos comerciais ambiciosos.

As conversas para a criação de uma área de livre comércio com a União Europeia patinam. A troca de ofertas prevista para dezembro de 2013 foi adiada e nunca remarcada.

Empresários cobram novas frentes de negociação e uma atitude comercial mais agressiva do governo.

Desde 2010, quando assinou um tratado com Israel por meio do Mercosul, o Brasil não firma novos acordos. O acerto com a Índia proposto em 2009 até hoje não deslanchou.

O Brasil só aumentou a participação no mercado indiano em 2014 porque as vendas de petróleo e açúcar, que não fazem parte do acordo comercial, dispararam.

Fonte: Folha de S. Paulo

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