Bolívia apela para Haia para ter saída para o mar

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Mais uma vez, Bolívia e Chile irão debater a reivindicação histórica dos bolivianos de ter uma saída para o mar na Corte Internacional de Justiça de Haia. A ação, impetrada pelos bolivianos, quer forçar os chilenos a debaterem sobre o tema.

Para Evo Morales, presidente da Bolívia, os tratados internacionais "não são intocáveis". Já o ministro chileno das Relações Exteriores, Heraldo Muñoz, definiu como "confusa" a posição do país vizinho - já que para o Chile, o Tribunal não tem competência para discutir a questão. A disputa também estará no centro de uma iniciativa promovida pela Universidade Católica da Argentina que, nos próximos dias, promoverá um encontro entre acadêmicos bolivianos, chilenos e peruanos sobre o tema. "O objetivo é aquele de imaginar um consenso e propor assim algumas soluções para que a Bolívia possa reencontrar sua saída para o mar através de ideias novas", disse o promotor da iniciativa, Humberto Podetti.

Chile, Bolívia e Peru lutaram na Guerra do Pacífico - entre 1879 e 1883 - por uma região limítrofe ao norte do território chileno, sul do peruano e sudeste do boliviano. Após a vitória dos primeiros, Santiago firmou um tratado de paz com os dois países - um em 1904, com La Paz, e outro em 1929, com Lima - que levaram à cessão do território ao Chile. No caso da Bolívia, a nação perdeu o único acesso que tinha ao mar.

A tensão sobre o tema fez com que, em 1978, a Bolívia cortasse suas relações diplomáticas com os vizinhos. O fim das conversas ocorreu após uma frustrada tentativa de negociação de um acordo marítimo entre as partes.

Fonte: ANSA

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