África avança em negociações da Zona de Livre Comércio Continental

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O continente africano está cada vez mais próximo de tornar-se uma grande zona de livre comércio. Reunidos na última semana na cidade de Joanesburgo, África do Sul, durante a 25ª edição do Summit da União Africana, os representantes dos principais países africanos lançaram oficialmente as negociações para que isso aconteça. O objetivo é ter um acordo envolvendo todas as 54 nações africanas em 2017.

O primeiro passo já foi dado. Após quatro anos de negociações, a Zona Tripartida de Livre Comércio (Tripartite Free Trade Area, TFTA) foi oficialmente lançada no último dia 10 de junho, durante o terceiro Tripartite Summit, em Sharm El-Shaik, no Egito, e representa um mercado integrado de 26 países, com uma população total de aproximadamente 625 milhões de habitantes e um crescimento no produto interno bruto de US$ 1,6 trilhão. Isso porque unifica três acordos menores já existentes no continente africano - Mercado Comum da África Oriental e Austral (Comesa), da Comunidade da África Oriental (EAC) e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC). O programa representa um marco importante na implementação do desenvolvimento da agenda de integração na África, que tem como objetivo promover a união mercadológica e industrial, além de desenvolver a infraestrutura local.

- Esse acordo é uma iniciativa importante na aceleração dos esforços para integração regional, que tem como objetivo assegurar que os países africanos negociem entre si em termos ao menos tão favoráveis quanto os dos demais competidores - afirma Rob Davies, ministro do Comércio e Indústria da África do Sul.

Os próximos passos são a conclusão das negociações em âmbito legal e o processo de finalização das negociações de tarifas e regras de origem - elementos chave para uma área de livre comércio funcional. O acordo estabelece ainda estrutura para preferências tarifárias e outras responsabilidades. Vale lembrar que o comércio entre os três blocos cresceu mais de três vezes na última década, alcançando US$ 102,6 bilhões em 2014.

Uma vez estabelecida, a Zona de Livre Comércio Continental promete ser ainda mais promissora que o TFTA, com um mercado em potencial de mais de 1 bilhão de pessoas e PIB de US$ 2 trilhões.

- O mercado africano é crucial para a industrialização e criação de empregos na África do Sul, uma vez que é um dos destinos chaves da nossa exportação - destaca o ministro Davies.

Fonte: Monitor Mercantil

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