Brasil e Mercosul devem reduzir comércio
- Detalhes
- 15/07/15
De acordo com ministro do MDIC, Armando Monteiro, uma das medidas para mudar o cenário atual é participar, em bloco, de redes de acordos internacionais, como com a União Europeia.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, disse ontem que o superávit comercial do Brasil com o Mercosul vai ser menor neste ano devido à desaceleração econômica dos países que integram o bloco. "Já geramos superávit maiores, de quase US$ 12 bilhões, e agora caiu para US$ 3,4 bilhões. É o efeito da desaceleração da economia mundial que afetou os principais países do bloco", afirmou a jornalistas, após a cerimônia de abertura do V Fórum Empresarial do Mercosul, mas sem citar um montante para o ano.
Para ele, o Mercosul é estratégico para o Brasil, porque há muitas vendas de itens manufaturados, ou seja, de maior valor agregado ao bloco. "Em 2014, a participação de produtos manufaturados alcançou 80% das nossas exportações ao bloco. Mas desde 2008 o Mercosul tem sentido o reflexo da crise mundial. Esse casamento do Brasil com o bloco é indissolúvel, mas é importante discutir sempre essa relação, com adaptação às mudanças globais, e não nos condicionarmos em uma posição de isolamento", declarou.
Uma das medidas sugeridas pelo ministro é participar mais, em bloco, de redes de acordos internacionais e integrar processos produtivos. Com relação à primeira ação, Monteiro destacou o acordo feito com a União Europeia. "Estamos perto de finalizar a oferta comum do bloco com o mercado europeu e as trocas serão iniciadas ainda neste ano", informou.
Já sobre a integração do processo produtivo, o alto representante geral do Mercosul, Florisvaldo Fier, disse que há potencial para que o movimento seja realizado no setor automotivo e de brinquedos e em áreas como petróleo e gás, naval e eletroeletrônicos.
Fonte: DCI