Crise na China pode reduzir demanda por commodities do Brasil

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A desvalorização das ações na Bolsa de Xangai no último mês intensificou os temores de desaceleração acentuada da economia da China, que, se confirmada, pode pressionar as cotações da maioria das commodities e reduzir a demanda por produtos agrícolas brasileiros, apontou a consultoria INTL FCStone, em nota.

De 15 de junho a 17 de julho, o índice Xangai Composto acumula queda de 23,40%. A soja é a commodity agrícola com maior dependência da China nas exportações brasileiras. Segundo a analista Natalia Orlovicin, os preços da oleaginosa, que já se encontram em patamares mais baixos devido à ampla oferta, poderão sofrer novas quedas no caso de deterioração da economia chinesa. "O crescimento médio anual nas importações chinesas da oleaginosa pode ficar abaixo dos 5% observados nos últimos 3 anos", disse Natalia.

Para o Brasil, que tem na China o seu principal comprador de soja, isso pode significar acirramento da concorrência com os Estados Unidos e perda de participação no mercado internacional, segundo ela. Outro setor vulnerável a uma crise no gigante asiático são as usinas exportadoras de açúcar.

A China foi o maior importador do produto brasileiro nos últimos três anos, posição que nunca havia ocupado. Porém, conforme o analista João Paulo Botelho, entre as principais commodities exportadas pelo Brasil, "o açúcar está longe de ser o que mais depende do mercado chinês".

Fonte: Portal do Agronegócio

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