Brasil já investiu mais de US$ 1,9 bilhões na Colômbia
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- 29/07/15
A Procolombia, organização governamental focada em promover o turismo, as exportações e os investimentos da Colômbia em diversos países, destaca o crescimento do interesse das companhias brasileiras naquele país. No período compreendido entre 2000 e 2014, o Brasil registrou um valor acumulado de investimentos diretos na Colômbia de US$ 1,9 bilhões, o que posiciona o país como o segundo maior investidor dos países de América do Sul na Colômbia. O investimento estrangeiro direto na Colômbia no PIB em 2014 foi de 4,3% no total. A taxa de investimento interno, também conhecida como formação bruta de capital em relação ao PIB, foi de 30%.
Há vários fatores que incentivam as empresas brasileiras a investirem na Colômbia. Um deles é a capacidade de pensar cenários ao longo prazo - graças à inflação colombiana desde 2000, uma taxa que, nos últimos cinco anos, não ultrapassou 3,6%. Além disso, o crescimento econômico na Colômbia nos últimos 10 anos atingiu 4,8% e significou um aumento da classe média de 30% da população total. A classe média vem apresentando padrões de consumo de bens e serviços, que têm atraído brasileiros para se instalarem no país vizinho, que eles veem como oportunidades de negócios no crescimento da demanda para a nova classe média colombiana, cujo padrão de consumo tem semelhanças com a Nova Classe C brasileira: novas casas, eletrodomésticos, televisão a cabo, smartphones, carros, motos, educação e entretenimento - o que se traduz em um maior número de empréstimos bancários, um fluxo significativo de consumidores nos centros comerciais de cidades de médio porte, entretenimento e restaurantes.
No primeiro semestre de 2015, também foram observados novos investimentos de empresas nacionais: uma do setor de manufaturas, dedicada à produção de aço, na cidade de Villavicencio, e um fundo de investimento, em Bogotá. Em 2013, outras cinco empresas brasileiras aportaram seus valores em projetos de energia, BPO, tecnologia e fundos de investimentos.
A Colômbia possui um competitivo regime de zona franca, que oferece benefícios para os projetos de produção de bens ou serviços, com uma taxa de 15% de renda sem acumulação de impostos aduaneiros, tanto para as mercadorias introduzidas na zona franca vindas do exterior ou que são adquiridas no país.
Além disso, Acordos bilaterais e de Livre Comércio (TLC), assinados com vários países, permitiram que a região se consolidasse como um local para diversos investidores que desejam ter ao seu alcance uma plataforma de exportação para mais de 1.500 milhões de consumidores em todo o mundo.
Os acordos permitiram um crescimento médio de 3,5% entre 2010 e 2014 das exportações não minerais da Colômbia para os Estados Unidos. Enquanto em 2012, o ano em que o acordo entrou em vigor, totalizaram US$ 3.416 milhões. Já em 2013, foram de US$ 3.424 milhões. E no ano passado chegou a US$ 3.796 milhões. Similar resultado se vê com a União Europeia. As exportações não minerais para o bloco econômico em 2013 totalizaram US$ 1,936.4 milhões. Em 2014, totalizaram US$ 2,335.3 milhões. O crescimento dessas vendas para a Europa foi de 20,6%.
Fonte: Investimento Notícias